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Wellington cobra responsabilidade do Congresso e do partido da presidente

Segundo o senador, a presidente Dilma avançou em busca de entendimento; o PT não.

 

“A crise política agrava a crise econômica. Não tem como resolver a crise econômica se não buscar a harmonia e resolver a crise política”. A afirmação foi feita pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT), vice-líder do Governo no Senado, ao cobrar responsabilidade por parte do Congresso Nacional para votar os projetos de ajuste fiscal – inclusive as medidas ditas amargas. Mas fez questão de chamar a atenção dos integrantes da bancada do partido da presidente Dilmar Rousseff, o PT, que se coloca ‘frontalmente’ contrários a política econômica.

Em entrevista ao programa Argumento, da TV Senado, Wellington relatou sua percepção sobre o atual momento político. Segundo ele, o que se percebe atualmente é uma preocupação de todos, independente da cor partidária, inclusive por parte da oposição. Há uma disposição de se votar os projetos prioritário do Governo. Segundo ele, esse “é o momento do Governo ter humildade” e de “buscar o diálogo”.

Para ele, a própria presidente Dilma avançou na busca do entendimento. Porém, “quem precisa avançar é o PT, é o partido da presidente”. Ele disse que existem intervenções de líderes petistas que fazem discursos com posicionamentos que os parlamentar da base não sabem como se proceder.

O republicano aproveitou para elogiar a postura do ministro Joaquim Levy, da Fazenda, com quem tem se reunido constantemente para discutir temas que estão para serem votados. Entre os quais, o Projeto de Resolução do Senado que trata do alinhamento das alíquotas do ICMS – que tem como finalidade o fim da ‘guerra fiscal’ entre os estados. “O ministro tem buscado fazer todo esforço possível, mas não adianta o esforço individual. É preciso ter uma força de Governo com os partidos da base” – assinalou.

Ao defender a votação dos projetos de ajuste, Wellington Fagundes destacou que o Brasil tem pressa. E previu que  se o Congresso Nacional não der resposta urgente aos projetos propostas, o país corre o risco de “mergulhar numa crise maior”. E alertou: “A responsabilidade será da classe política”.  Quanto mais tempo demorar, segundo ele, pior será para o Brasil e o mais penalizado será a classe trabalhadora.

O senador, por outro lado, não se furtou a apontar o grande erro do Governo brasileiro. Para ele, essa situação ocorreu devido aos gastos excessivos.  “Tivemos muitos momentos de bonança. E no momento em que o Brasil poderia crescer com mais solidez entramos numa ‘gastança’ ” – frisou.

Ele lembrou que os Estados Unidos  também enfrentou uma grave crise e adotou medidas efetivas. Citou como exemplo os projetos para atrair de volta o dólar, com a facilitação, inclusive, do visto de entrada de turistas. “O Brasil precisava fazer economia para crescer com força, mas fez ao contrário. O país cresceu demais e agora precisa votar medidas de economia” – disse. E arrematou: “Se não votar algo que seja difícil hoje, será mais difícil amanhã”.

Da assessoria