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Primeira-dama de Mato Grosso Viginia Mendes em conversa com o cacique Raoni - Foto JAna Pessôa

Virginia Mendes destaca R$ 62 milhões em ações voltadas aos povos indígenas de Mato Grosso

Virginia Mendes lidera iniciativas do SER Família para ampliar direitos e proteção a populações indígenas

Programa SER Família Indígena promove cidadania, acesso a direitos e inclusão produtiva em mais de 70 terras indígenas do estado

A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, reforçou o compromisso do governo estadual com os povos indígenas ao destacar o investimento de R$ 62,8 milhões, desde 2019, por meio do programa SER Família Indígena, idealizado por ela. Atuando de forma voluntária, Virginia tem mobilizado ações intersetoriais para atender demandas específicas das 43 etnias reconhecidas no estado.

Considerada “madrinha dos povos indígenas”, a primeira-dama ressaltou que as ações são articuladas em conjunto com a Superintendência de Assuntos Indígenas, vinculada à Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc).

“Ninguém faz nada sozinho. Para realizar as ações para os povos indígenas, tenho o apoio da Superintendência de Assuntos Indígenas. Dessa forma conseguimos atender de maneira pontual as necessidades”, explicou.

Cidadania, alimentação e capacitação

O programa SER Família Indígena leva serviços como emissão de documentos, orientações sobre o CadÚnico e acesso ao cartão de transferência de renda no valor de R$ 220. Também são entregues cestas de alimentos e ofertados cursos de qualificação profissional, por meio do braço SER Família Capacita, em parceria com o Senai-MT. Ao todo, os investimentos estaduais nessa vertente superam R$ 13,7 milhões nos últimos seis anos.

Transformações nas aldeias

A atuação da primeira-dama tem gerado impactos concretos nas aldeias, segundo a primeira-dama de São José do Xingu, Suelen Rodrigues. Um dos primeiros investimentos foi a reforma da balsa da aldeia Metuktire e a entrega de uma ambulância, totalizando R$ 1,5 milhão.

“É fascinante ver o carinho e a atenção que a primeira-dama Virginia Mendes tem com nossos irmãos. Temos apoio nos projetos profissionalizantes, como o projeto Menire do Xingu, que envolve capacitação das mulheres indígenas em corte e costura, valorização do artesanato e da agricultura tradicional”, relatou Suelen.

Ela ainda destacou a participação de mulheres indígenas em eventos como o Chapada Fashion, e lembrou o comprometimento da primeira-dama com promessas cumpridas.

“Dona Virginia incentiva, motiva e, o principal, tem amor pelas ações que abraça”, completou.

Educação indígena: R$ 32 milhões em infraestrutura

Outro eixo de atuação do programa envolve a melhoria da infraestrutura escolar. Com investimento de R$ 32,3 milhões por meio da Secretaria de Estado de Educação, diversas escolas indígenas estão sendo reformadas ou reconstruídas. Um exemplo é a Escola Estadual Indígena Marãiwatsédé, em General Carneiro, revitalizada com aporte de R$ 4,2 milhões.

“Tenho certeza de que o novo ambiente está influenciando positivamente os alunos, bem como os professores. A escola ficou realmente linda”, disse Virginia Mendes.

Também estão em andamento a construção da Escola Estadual Indígena Sagrado Coração de Jesus, na Aldeia Meruri, e outras seis unidades em diferentes regiões, com 52 novas salas de aula. As escolas receberão recursos tecnológicos como internet, Chromebooks, Smart TVs e materiais pedagógicos atualizados.

“Nosso objetivo é promover inclusão, respeito e desenvolvimento nas comunidades indígenas”, afirmou a primeira-dama, ao agradecer o apoio do secretário Alan Porto. “As obras visam criar ambientes mais adequados, acolhedores e equipados, com foco na valorização da cultura indígena e na melhoria do processo de ensino-aprendizagem.”

Apoio à agricultura familiar e geração de renda

Por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), o governo tem incentivado a produção nas aldeias com a distribuição de mudas, maquinários, veículos e implementos agrícolas. O investimento já ultrapassa R$ 5 milhões.

“Algumas aldeias já produzem bananas para comercialização, café de qualidade, além de grãos como soja e milho. A tendência é que, cada vez mais, aldeias passem a produzir”, observou Virginia.

Água potável com recursos próprios

A segurança hídrica é outra frente prioritária. Entre 2021 e 2024, o governo estadual perfurou 30 poços artesianos em diferentes aldeias, com investimento de R$ 6 milhões. Mato Grosso é o único estado do país a realizar esse tipo de ação com recursos próprios, segundo o governo.

“Água é vida, e nossos irmãos merecem ter água de qualidade”, afirmou Virginia Mendes. “Estamos tratando de um direito humano básico e de um fator decisivo para a dignidade e o futuro dessas populações.”

As comunidades beneficiadas incluem as aldeias Kamayurá e Yawalapiti (Gaúcha do Norte), Canuche e Onça (Conquista do Oeste), Bacuri (Comodoro), além de Maida e Meruri (São José do Xingu), entre outras.

Reconhecimento e valorização dos povos originários

De acordo com o Censo Demográfico de 2022, Mato Grosso tem 58.231 indígenas, um aumento de 12,64% em relação a 2010. Mais de 82% vivem em áreas rurais, o que reforça a necessidade de políticas públicas específicas.

“Neste mês em que celebramos o Dia dos Povos Indígenas, quero expressar minha profunda admiração, respeito e gratidão a todos os povos originários de Mato Grosso e do Brasil”, finalizou a primeira-dama.

( Com Vânia Neves | Unaf )