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Vem Pra Arena teve Lenine como atração principal e público de 20 mil pessoas

Com Lenine como atração principal da noite, a 2ª edição do Vem Pra Arena de 2016, realizada no sábado (02.07), atraiu aproximadamente 20 mil pessoas. Além de curtir a estrela da MPB, o público que foi até a Arena Pantanal também curtiu diversas atrações culturais, entre músicas, danças e intervenções teatrais, e feiras de artesanato e gastronômica.

Muito atencioso com o público, Lenine, que trouxe a Cuiabá pela primeira vez a turnê Carbono, conversou e tirou fotos com vários fãs e falou sobre a importância do uso da Arena Pantanal em eventos culturais voltados ao público. “É algo que foi feito para a Copa e que não pode ser transformado em elefante branco, igual vários estádios por ai. É uma ocupação que todos nós esperamos. Acho bacana, louvável, é bom que a população tenha esse sentido de propriedade. A Arena pertence ao povo daqui e deve ser ocupada, com todas as expressões, pela cidade”.

A valorização da cultura regional é uma das principais marcas do Vem Pra Arena, desde a sua criação. “Nós temos que dar oportunidade para que artistas daqui possam aparecer em eventos como este. Isso é gratificante, isso é transformação. O mais importante daqui, além do cidadão estar ocupando este espaço que a ele pertence, são os artistas mato-grossenses que estão tendo a oportunidade de demostrar a sua arte”, afirmou o governador Pedro Taques, que prestigiou o show de Lenine e dos músicos regionais.

A diversidade é um conceito visto como prioridade do Vem Pra Arena e que valoriza os diversos setores da cultura regional, avalia o secretário de Estado de Cultura, Leandro Carvalho. “É um conceito que privilegia artistas da Capital e do interior de Mato Grosso. Com sua ampla territorialidade e variedade de povos, origens e culturas, tem muito a mostrar. O Vem Pra Arena é um evento múltiplo, em que o público pode ter inúmeras experiências, gastronômica, cultural, de lazer. Somando forças, conseguimos proporcionar momentos únicos para a população, de maneira gratuita e de alta qualidade”.

Valorização regional

Uma das atrações da noite, o músico e compositor mato-grossense João Reis agradeceu a oportunidade de se apresentar no Vem Pra Arena. “É um sonho realizado abrir o show do Lenine, ele é um mestre, me influenciou a vida toda. É maravilhoso poder cantar para tanta gente e, pelas minhas composições, mostrar para Cuiabá a arte que está sendo feita aqui”.

Moises Anjo dos Santos de Almeida, que trabalha com orgânicos em um assentamento em Poconé e montou uma banca para comercializar seus produtos no Vem Pra Arena, destaca a boa possibilidade de renda gerada pelo evento, já que a venda é feita diretamente com o consumidor. “É uma chance boa para nós produtores vendermos sem precisar de atravessadores. Além da renda proporcionada, permite ao cliente produto fresco e de qualidade, com preço justo.  Vemos com bons olhos esta iniciativa do governo e o contato com um público maravilhoso, grande”.

Presente em todas as edições do Vem Pra Arena, Wilma Martins, de 78 anos, considera o evento familiar como fantástico. “São muitas atividades e variadas. Gosto como os artistas interagem com o público, descendo do palco, como os grupos de teatro e outros que fazem as intervenções. Sempre que posso trago a família e convido os amigos”.

Já a cuiabana Aline dos Santos, que é de Belém, esteve no evento pela primeira vez. “Trouxe a família toda, oito pessoas, incluindo meus três filhos. A programação é muito boa, variada, diversificada, para crianças e adultos e a gente tem a oportunidade de conhecer a arte e a cultura do interior também, com os grupos e atrações convidadas. Além disso, é um espaço muito bom, amplo, grande. O que me chamou a atenção foi a segurança. A gente se sente seguro, pode aproveitar tranquilamente”.

Trabalho escravo

Esta edição do Vem Pra Arena abrangeu um tema importante, a conscientização do trabalho escravo. A parceria da Secretaria de Estado de Cultura (SEC-MT), responsável pelo evento, com as Secretarias de Trabalho e Assistência Social (Setas) e de Desenvolvimento Econômico (Sedec), trouxe informações importantes sobre o assunto. O cantor Lenine, que já participou ativamente de várias campanhas mundiais contra o trabalho escravo, apoiou o projeto da Setas, ‘Invisíveis’, lançado na sexta-feira (01.07), no Palácio Paiaguás. “É uma causa que me comove. Me incomoda o fato de ainda hoje ter no País bolsões medievais com toda essa tirania, essa escravidão. É um tema muito oportuno e estou aqui fazendo minha parte, temos que jogar luz e não jogar estas causas para debaixo do tapete”.

Por Renata Prata / Angélica Moraes | Gcom

Imagens Mike Toscano – GCom