Transgênero e parceiro anunciam nascimento do 1º filho biológico
- 16 de julho de 2017 - 11:50
Bebê nasceu com mais de 4kg, na sexta-feira, nos Estados Unidos. Trystan Reese, de 34 anos, parou de tomar testosterona para engravidar.
“Pai grávido, nove meses, um bebê e uma família muito feliz”, diz o post publicado no Facebook com o vídeo em que o casal, juntos a sete anos, apresentaram a criança. “Ele é muito saudável”, contou Reese. “Ele é lindo”, disse, Biff, orgulhoso.
Trystan, de 34 anos, afirmou à imprensa internacional que teve uma gravidez tranquila. O casal já tem um casal de filhos, que foram adotados em 2011, porém decidiram ter um filho biológico.
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Transgênero e companheiro decidiram ter um filho biológico (Foto: Reprodução/Facebook Biff and I)
Então, Tristan, que nasceu mulher, suspendeu a ingestão de testosterona para engravidar. O casal contou que a equipe médica passou por treinamento para acompanhá-los.
Transição
Trystan contou que decidiu iniciar a transição ainda no ensino médio. “Eu dizia que eu era um homossexual em um corpo de mulher. Eu comecei a tomar testosterona e meu corpo começou a mudar. Emocionalmente foi muito difícil, mas em seis meses eu era um homem”, afirmou.
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Site do casal mostrou a evolução da gravidez (Foto: Reprodução G1/ Facebook Biff and I)
Ele ressalta que nunca quis ter um corpo exatamente igual ao do parceiro e, por isso, não fez a cirurgia para redesignação do órgão sexual. “Eu nunca quis que o meu corpo não fosse um corpo de transexual. Eu estou bem sendo um homem que tem útero, que tem a capacidade de ter um bebê”, afirmou em vídeo postado no Facebook do casal e reproduzido pela rede americana CNN.
Trystan afirma estar satisfeito com as modificações. “Eu acho que meu corpo é impressionante. Eu sinto que é um presente ter nascido com o corpo que tinha. Eu fiz as mudanças necessárias para que eu pudesse continuar vivendo nele, através de hormônios e de outras modificações “, afirmou.
Maternidade
Trystan afirma ainda que a aceitação da sua condição o permitiu encarar com naturalidade a gravidez. “Eu sou feminista. Eu penso que mulheres são impressionantes. Eu não acho ruim ser uma mulher. Só não aconteceu de ser [por fora] como eu era por dentro. Por isso, é ok entrar nesse sagrado mundo da maternidade. E isso não me faz sentir menos homem. Eu só sou um homem capaz de ter um bebê e eu decidi fazer isso”, declarou.
O casal conta que as críticas mais duras acontecem principalmente pela internet. “Por trás do anonimato, as pessoas se sentem empoderadas para dizer o que deveria acontecer conosco, com os nossos filhos, com a nossa família. A razão pela qual você decide ter um filho é querer ver mais amor no mundo e lembrando quão difícil será. É duro”, afirma. As informações são do G1.