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Tempestade de poeira cobre o Iraque e provoca cerca de 4 mil internações

Mouthana é uma das áreas mais afetadas, com mais de 700 internações por asfixia

Uma tempestade de areia cobriu diversas regiões do Iraque nesta segunda-feira (14), reduzindo drasticamente a visibilidade e forçando a suspensão temporária de voos nos aeroportos de Najaf e Basra, no sul do país, conforme informaram as autoridades aeroportuárias locais.

A nuvem de poeira provocou uma onda de atendimentos médicos em diferentes províncias. Na região meridional de Mouthana, os hospitais registraram “mais de 700 casos de asfixia”, segundo Mazen el-Egeili, diretor das autoridades de saúde locais. Na província vizinha de Najaf, mais de 250 pacientes procuraram atendimento por problemas respiratórios.

Outras áreas do sul do país também foram fortemente afetadas. Segundo dados divulgados por autoridades sanitárias regionais, cerca de 322 pessoas foram atendidas em Diwaniya, 174 em Dhi Qar e 361 em Basra. Ao todo, estima-se que quase 4 mil pessoas tenham sido hospitalizadas em decorrência da tempestade.

De acordo com os serviços meteorológicos iraquianos, citados pela agência estatal INA, o fenômeno foi causado por “ventos de superfície provenientes do leste da Arábia Saudita e do sudoeste do Iraque, que reduziram a visibilidade para menos de um quilômetro”.

Apesar de uma trégua observada nos anos de 2023 e 2024, as tempestades de areia têm se intensificado no Iraque, tanto em frequência quanto em severidade. O país figura entre os cinco mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas e da desertificação, segundo organismos internacionais.

Diante desse cenário, as autoridades locais têm defendido medidas de mitigação, como “a criação de florestas que sirvam de quebra-ventos”. Atualmente, cerca de 39% do território iraquiano é afetado pela desertificação, conforme estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU).

As autoridades de saúde explicaram que os mais atingidos pela tempestade foram pacientes com doenças respiratórias crônicas, como asma, além de idosos com insuficiência cardíaca.