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Temer discute operação Carne Fraca no Planalto com ministro Blairo Maggi

Presidente ainda receberá neste domingo (19) ministro do Comércio Exterior, associações de produtores e embaixadores de países que importam carne brasileira.

O presidente Michel Temer recebeu neste domingo (19) no Palácio do Planalto o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para discutir a operação Carne Fraca.

Deflagrada pela Polícia Federal na sexta (17), a operação investigou o envolvimento de servidores do governo em um esquema de liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos.

Mais cedo, neste domingo, técnicos do ministério da Agricultura já haviam se reunido com o secretário-executivo da pasta, Eumar Novacki, para juntar as informações necessárias para o encontro de Blairo Maggi e Temer.

Como a Carne Fraca atingiu algumas das maiores empresas brasileiras do setor, o governo passou a trabalhar para reduzir os impactos da operação no mercado.

Ainda neste domingo, Temer se reunirá com o ministro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, e com entidades do setor atingido pela operação, entre as quais a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Segundo o Ministério da Agricultura, o objetivo de dessas reuniões é discutir medidas para enfrentar a crise da carne gerada pelas revelações da operação Carne Fraca.

Temer também receberá neste domingo, no Planalto, embaixadores de países que importam a carne brasileira.

Entenda a operação

Deflagrada nesta sexta pela Polícia Federal, a Carne Fraca investiga fraudes em carnes produzidas por 21 frigoríficos, vendidas no Brasil e no exterior.

A operação atingiu algumas das principais empresas do setor, como a BRF, que controla a Sadia e a Perdigão, e a JBS, responsável pelas marcas Friboi e Seara. Os grupos garantem a qualidade de seus produtos.

Segundo a Polícia Federal, fiscais do Ministério da Agricultura recebiam propina para liberar licenças sem realizar a fiscalização adequada nos frigoríficos.

A investigação indica que eram utilizadas substâncias químicas para maquiar carne vencida, e que água era injetada nos produtos para aumentar o peso.

Leia também: Frigoríficos investigados vendiam carne vencida no Brasil e no exterior

Até a noite deste sábado (18), a Polícia Federal havia prendido 36 pessoas. Dois suspeitos permaneciam foragidos.

Além das prisões, a Justiça Federal determinou o bloqueio de até R$ 1 bilhão das contas bancárias das 46 pessoas investigadas, e o Banco Central informou o bloqueio de pouco mais R$ 2 milhões.

Já o Ministério da Agricultura anunciou que 33 servidores da pasta foram afastados em decorrência da investigação. A pasta também interditou três frigoríficos, localizados em Goiás, Santa Catarina e Paraná.

Fiscalização ‘rigorosa’

Em resposta à operação Carne Fraca, o Ministério da Agricultura classificou neste sábado as irregularidades envolvendo os servidores da pasta como “pontuais” e afirmou que o Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Brasil é um dos “mais eficientes e rigorosos do mundo”.

O ministério declarou ainda que o sistema de proteção e fiscalização está funcionando “plenamente” e serve de garantia ao consumidor “da qualidade dos produtos de origem agropecuária” no Brasil. As informações são do G1.

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