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Quadrilha desviou R$ 5 milhões com abastecimento fictício de frota em MT, diz juíza

Fraude ocorreu entre 2013 e 2014 na gestão do ex-governador Silval Barbosa. Ex-servidores do governo e empresários foram denunciados por envolvimento no desvio.

A juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal aceitou denúncia contra o ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa e mais 10 servidores públicos e empresários por desvio de R$ 5,1 milhões dos cofres públicos entre os anos de 2013 e 2014, durante a gestão de Silval. De acordo com a sentença, o montante foi desviado com abastecimento fictício da frota da extinta Secretaria Estadual de Transportes e Pavimentação Urbana (Setpu-MT). A decisão foi proferida na terça-feira (11) e divulgada nesta quarta-feira (12).

Segundo a magistrada, a fraude era realizada com o auxílio de empresários que inseriam informações falsas no sistema eletrônico de gestão de abastecimento dos postos de combustível. Ao todo, foram desviados R$ 5.123.500,00 milhões entre fevereiro de 2013 e outubro de 2014. A fraude é apurada na Operação Sodoma 4.

A organização criminosa também é acusada de ter recebido vantagem indevida para promover regulamentar remuneração de fornecimentos prestados por empresas à Secretaria Estadual de Administração (SAD-MT) no valor de R$ 3 milhões e também de fraudar licitações na secretaria.

Além de Silval, foram denunciados Silvio Cézar Corrêa (ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa), Jesus Nunes Cordeiro (ex-secretário adjunto de Administração) César Zílio (ex-secretário de Administração), Pedro Elias (ex-secretário-adjunto de Administração), Francisco Faiad (ex-secretário de Administração), Valdísio Juliano Viriato, Juliano Cezar Volpato, Edézio Corrêa, Alaor Alvelos Zeferino e Diego Pereira Marconi. O G1 está tentando ouvir a defesa de todos os acusados.

Conforme a sentença, ficou demonstrado “satisfatoriamente os indícios de autoria e materialidade dos crimes que foram imputados, descrevendo a atuação concatenada de cada um dentro da organização criminosa, a existência de coordenação em forma hierárquica, a divisão de tarefas, a estabilidade e a permanência do vínculo associativo que uniam os membros do grupo”.

Na mesma decisão, a juíza recusou denúncia contra Pedro Nadaf (ex-chefe da Casa Civil e ex-titular da Secretaria de Indústria e Comércio), Marcel de Cursi (ex-secretário de Fazenda), Chico Lima (ex-procurador geral do estado), Rodrigo da Cunha Barbosa, Arnaldo Alves de Souza e Karla Cecília de Oliveira, investigados em outras fases da operação Sodoma.

Conforme a juíza, “não foi possível identificar quais condutas ilícitas supostamente praticadas por eles teriam contribuído para a consecução dos crimes”.

Fonte: G1