Putin diz que caso de impeachment contra Trump é ‘fabricado’
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira, 19, que os democratas dos Estados Unidos aprovaram o impeachment do presidente Donald Trump na Câmara dos Deputados com razões “fabricadas” para reverter sua vitória eleitoral de 2016. Falando em sua coletiva de imprensa de fim de ano, o russo disse que acredita que Trump sobreviverá ao processo e continuará no cargo.
A Câmara votou a favor do impeachment na quarta-feira 18, mas Putin, como a maioria dos observadores, disse crer que o Senado dos Estados Unidos, de maioria republicana, absolverá o presidente. “É improvável que eles queiram afastar do poder um representante de seu partido com base no que, em minha opinião, são razões completamente fabricadas”, disse Putin.
“Isto é simplesmente uma continuação da batalha política interna (dos Estados Unidos), na qual um partido que perdeu uma eleição, o Partido Democrata, está tentando obter resultados usando outros métodos e meios”, acrescentou.
“Primeiro eles acusaram Trump de uma conspiração com a Rússia. Depois se viu que não havia uma conspiração e que isso não poderia ser a base do impeachment. Agora eles fantasiaram algum tipo de pressão sobre a Ucrânia”.
Apesar disso, Putin criticou os Estados Unidos pelo que classificou como medidas não amistosas contra a Rússia, dizendo que Moscou adotou a diretriz de reagir com a mesma moeda.
Ele se queixou em particular do que disse ser uma recusa para responder às propostas russas para renovar o tratado de controle de armas nucleares assinado durante a Guerra Fria. O pacto, que limita o número de ogivas nucleares estratégicas que as duas maiores potências atômicas do mundo podem mobilizar, foi rompido no meio do ano pelos americanos.
O Tratado de Armas Nucleares Intermediárias (INF, na sigla em inglês) foi firmado em 1987 com a antiga União Soviética. O acordo permitiu a destruição de milhares de armas americanas e soviéticas e manteve mísseis nucleares fora da Europa por três décadas.
COM INFORMAÇÕES/ VEJA