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Projeto trabalha conscientização e atendimento psicológico a agressores

Encontros mensais são a primeira etapa do projeto Esperança, que é realizado com pessoas encaminhadas pela 1ª Vara da Violência Doméstica da capital

Instituições se uniram em torno de um projeto para conscientização e atendimento psicológico a acusados de violência doméstica. O Projeto Esperança é composto de sete fases e começou em setembro do ano passado com agressores que passaram pela 1ª Vara Especializada da Violência Doméstica contra a Mulher, da capital.

Os encontros são realizados aos sábados, coordenados pela psicóloga da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Eliane Montanha, responsável pelo projeto. Segundo ela, o projeto surgiu devido ao grande número de reincidentes em crimes contra a mulher e a intenção é trabalhar diretamente a socioeducação dos agressores. O projeto foi iniciado na 1ª Vara da Violência Doméstica, cujo titular, o juiz Jamilson Haddad, acompanha o andamento das atividades e participa dos encontros com os agressores aos sábados.

Os agressores são encaminhados pela justiça e passam várias fases do projeto, até a finalização das etapas. A primeira delas é a participação em uma palestra, onde são apresentados os objetivos do projeto e busca uma mudança de atitude de comportamentos que não são adequados dentro de um contexto social. “Com isso, o agressor visualiza que de alguma forma determinadas atitudes por ele tomadas geraram infrações de conduta social, sendo assim necessária uma reflexão para que possam mudar suas atitudes em um futuro próximo”, explica a psicóloga.

A próxima fase será o atendimento na clínica da Faculdade de Cuiabá, instituição parceira no projeto. Os atendimentos iniciais serão feitos individualmente pelos alunos do último ano do curso de psicologia, sob a coordenação da professora responsável pelo projeto. Na clínica será levantado o histórico de vida de cada agressor, na busca de questões que possam ser um possível desencadeador dos comportamentos inadequados.

As demais fases incluem a formação de grupos terapêuticos, palestras socioeducadoras e restaurativas, com noções de valores sociais, direitos das mulheres, direito penal, estruturação social e educação familiar. Após as palestras informativas, o grupo de agressores passará por debates de todas as matérias apresentadas, de forma que ocorra uma conscientização diante de seus atos executados anteriormente.

Por Assessoria | Sejudh-MT