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Resultado acontece após o avanço de 4,3% em junho Antonio Cruz/Agência Brasil

Produção industrial brasileira sofre queda em julho após recorde em junho, aponta IBGE

A produção industrial brasileira apresentou uma retração de 1,4% em julho em comparação ao mês anterior, quebrando a sequência de alta registrada em junho, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (4).

No acumulado de janeiro a julho de 2024, o setor industrial brasileiro registrou um crescimento de 3,2%.

Em junho, a indústria havia apresentado um avanço significativo de 4,3%, o maior desde julho de 2020, recuperando a perda de 1,8% acumulada nos meses de abril e maio de 2024.

Na comparação com julho do ano anterior, o setor industrial cresceu 6,1%, marcando a segunda alta consecutiva e o aumento mais expressivo desde abril de 2024, quando a expansão foi de 8,4%.

Considerando os últimos 12 meses, a produção industrial avançou 2,2% em julho, mantendo a trajetória de crescimento e acelerando em relação aos resultados de junho (1,5%) e maio de 2024 (1,2%).

Em julho, duas das quatro grandes categorias econômicas e apenas sete dos 25 ramos industriais pesquisados registraram queda na produção. Dentre as atividades que apresentaram maior impacto negativo, destacam-se os produtos alimentícios (-3,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) e indústrias extrativas (-2,4%).

O setor de celulose, papel e produtos de papel também registrou um recuo significativo de 3,2%.

Por outro lado, das 18 atividades que registraram expansão na produção, o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias destacou-se com um crescimento de 12% em julho de 2024, exercendo a principal influência positiva na média da indústria e superando o resultado de junho, quando a alta foi de 4,8%.

Outras contribuições positivas relevantes vieram dos setores de:

– Produtos de metal (8,4%)

– Produtos diversos (18,8%)

– Produtos químicos (2,7%)

– Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (12,1%)

– Máquinas e equipamentos (4,2%)

– Impressão e reprodução de gravações (23,4%)

– Produtos de borracha e de material plástico (3,5%)

– Outros equipamentos de transporte (9%)

– Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,1%)

– Confecção de artigos do vestuário e acessórios (5,5%)

Entre as grandes categorias econômicas, comparando com o mês anterior, bens de consumo semi e não duráveis apresentaram a maior queda, de 3,1%, em julho de 2024, revertendo parte do crescimento de 4,5% registrado no mês anterior.

Comparação Julho 2024 x Julho 2023

Na comparação com julho de 2023, o setor industrial cresceu 6,1% em julho de 2024, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, em 21 dos 25 ramos, em 60 dos 80 grupos e em 67,3% dos 789 produtos pesquisados.

O IBGE ressaltou que julho de 2024 teve dois dias úteis a mais (23 dias) em comparação com o mesmo mês do ano anterior (21 dias).

Dentre as atividades com maiores influências positivas, destacam-se veículos automotores, reboques e carrocerias (26,8%) e produtos químicos (10,5%).

Esse desempenho foi impulsionado, principalmente, pelo aumento na produção de automóveis, autopeças, caminhões e outros veículos de transporte, além de produtos químicos como fungicidas, tintas, vernizes e fertilizantes.

 

Da Redação