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© (Carlos BarriaReuters)

Prefeito de Nova York pede boicote ao prêmio de Bolsonaro nos EUA

Não se tem notícia de uma manifestação semelhante a um governante brasileiro.

O prefeito da mais importante cidade do mundo – Nova York – está propondo um boicote a Jair Bolsonaro.

O prefeito Bill De Blasio pediu oficialmente ao Museu Americano de História Natural que cancele um evento em que Jair Bolsonaro deve receber o prêmio de personalidade do ano.

Bolsonaro foi escolhido para receber o prêmio “Personalidade do Ano” da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, com sede em NY, em seu jantar de gala no dia 14 de maio.

“Acredito na Primeira Emenda”, disse o prefeito na rádio WNYC na sexta-feira, acrescentando: “Se você está falando de uma instituição apoiada publicamente e está falando de alguém que está fazendo algo tangivelmente destrutivo, estou desconfortável com isso.”

De Blasio apontou para os planos de Bolsonaro para desmatar a Amazônia, que ele alertou que poderia colocar em risco o planeta, bem como seu “racismo evidente” e a sua “homofobia”.

Ativistas ambientais também estão pressionando o Museu de História Natural.

Em nota publicada no Twitter, a administração do museu disse que o “evento externo e privado, no qual o atual presidente do Brasil será homenageado foi reservado no museu antes de o homenageado ser escolhido”.

“Estamos profundamente preocupados, e estamos explorando nossas opções”, acrescentou.

American Museum of Natural History

@AMNH

The external, private event at which the current President of Brazil is to be honored was booked at the Museum before the honoree was secured. We are deeply concerned, and we are exploring our options.

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Na quarta-feira, um grupo de representantes de povos indígenas publicaram uma carta aberta no jornal francês “Le Monde” dizendo que a política ambiental de Bolsonaro os deixa às portas de “um apocalipse”.

A premiação é concedida há 49 anos e busca homenagear dois líderes, um brasileiro e um americano, reconhecidos por melhorar as relações entre EUA e Brasil.

O jantar de gala para mais de mil convidados custa US$ 30 mil por pessoa –todas as estradas já estão esgotadas.

No ano passado, Sergio Moro –hoje ministro da Justiça– foi o brasileiro agraciado.  Em 2017 foi o tucano João Doria.

A escolha de Bolsonaro já havia sido divulgada no começo de fevereiro, antes da viagem que o presidente fez aos Estados Unidos e da decisão de isentar os turistas americanos da necessidade de vista para entrar no Brasil.

 

As informações são do Catacra Livre/MSN