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Gabriel Jesus comemora o único gol do jogo. FABRIZIO BENSCH REUTERS

Por que Jesus, artilheiro da Era Tite, será banco do Brasil na Copa América

Apesar de ser o artilheiro da seleção brasileira desde a chegada de Tite, Gabriel Jesus começará a Copa América entre os reservas e aceitou bem a situação. O treinador elogiou a boa fase vivida pelo atacante com a camisa verde e amarela, mas elencou alguns motivos para colocar Roberto Firmino entre os 11 que entrarão em campo contra a Bolívia na próxima sexta-feira (14), na estreia da competição.
Com 16 gols desde a saída de Dunga, em 2016, a revelação palmeirense supera até Neymar, que tem 14 no mesmo período e não disputará a competição. São cinco gols nos últimos três duelos. Pelos respectivos clubes, Jesus também tem números superiores: são 21 gols em 47 partidas, contra 16 tentos em 48 partidas de seu concorrente.
Apesar disso, Tite adota uma filosofia de não tirar a titularidade de atletas que precisam ir ao departamento médico. Na sua lógica, todos recebem uma nova chance de mostrarem que merecem ficar na equipe quando recuperam 100% de suas condições. Roberto Firmino só não começou contra Honduras porque ainda sente efeitos de uma lesão muscular.
O atacante do Liverpool atuou por 35 minutos no amistoso do último domingo (9) e fez um gol. A tendência é que ele tenha condições de jogar a maior parte dos 90 minutos na sexta-feira.
Além disso, Roberto Firmino tem a maior conquista da carreira recentemente, ao vencer a Liga dos Campeões. Aos 27 anos, ele participou de 12 jogos da maior competição de clubes do mundo e fez quatro gols. Ao lado de Alisson, eles desembarcaram na seleção brasileira com a confiança em alta.
Também é importante destacar que Firmino será o atacante mais velho da equipe, dando um pouco mais de experiência ao setor que terá Richarlison e David Neres, ambos com 22 anos, mesma idade de Gabriel Jesus.
No aspecto tático, a comissão técnica também entende que Roberto Firmino oferece um pouco mais de variação. Além de comandar o ataque, ele pode funcionar como armador em determinadas situações.
Curiosamente, a briga é um repeteco do que a seleção brasileira presenciou na Rússia, em 2018. Na ocasião, Jesus era o titular e terminou o Mundial com apresentações discretas. A manutenção dele em detrimento à presença de Firmino foi uma das maiores críticas sofridas por Tite na competição.
De lá para cá, Tite inverteu a situação e passou a priorizar o atacante do Liverpool. Ambos atuaram em sete duelos, mas Firmino ficou em campo em 482 minutos, contra 373 de Gabriel Jesus.

 

Com informações de  Bruno Grossi, Danilo Lavieri, Marcel Rizzo e Pedro Lopes – Folhapress