Policial que matou 4 terroristas na Espanha fazia hora extra para aumentar renda
Chamado de ‘herói de Cambrils’, o agente faz rondas no dia a dia, passou pelo Exército espanhol e procurou apoio psicológico após as mortes.
O policial que matou quatro terroristas em Cambrils, na Espanha, só estava no local porque fazia hora extra para aumentar o salário na madrugada de sexta-feira (17), segundo o jornal “El Mundo”.
O agente da Polícia autônoma da Catalunha (Mossos d’Esquadra) vem sendo tratado como herói por ter evitado que o número de vítimas fosse ainda maior. O Estado Islâmico reivindicou o ataque.
De acordo com os serviços de emergência, os atentados a Barcelona e Cambrils deixaram 14 pessoas mortas e 130 pessoas feridas, de 34 nacionalidades.
Menos de 10 horas após o ataque com van nas Ramblas de Barcelona, um Audi A3 ultrapassou já no início da madrugada de sexta um bloqueio policial e atropelou pedestres em Cambrils. As cidades ficam 117 km distantes uma da outra.
O atropelamento deixou sete pessoas feridas – um policial e seis civis. Agentes dos Mossos d’Esquadra que estavam em um segundo bloqueio reagiram e mataram os cinco suspeitos que estavam no carro.
‘Herói de Cambrils’
O “herói de Cambrils” abateu quatro deles. No grupo, estava o suspeito de ter conduzido a van que atropelou uma multidão em Barcelona. Foram encontrados no veículo cintos com falsos explosivos.
O policial vem sendo parabenizado pelos colegas e chefes. E já até recebeu pessoalmente as congratulações de Carles Puigdemont, presidente da Catalunha.
A polícia catalã mantém a identidade dele sob sigilo. O agente só estava no local porque aceitou trabalhar além do expediente para compor o efetivo que reforçou a segurança. Além do alerta de terrorismo, a região litorânea de Costa Daurada, onde fica Cambrils, recebe muitos turistas nesta época do ano.
Apoio psicológico
Pai de um menino, o policial não é um oficial do esquadrão de elite. No dia a dia, trabalha fazendo rondas e atendendo a população.
A perícia com armas, que lhe permitiu agir rápido, veio de sua passagem pelo Exército espanhol. Ele foi treinado em uma unidade conhecida como Legião, cujos membros são apelidados de “namorados da morte”.
Ainda assim, segundo o jornal “El Mundo”, o agente ficou abalado com a ação contra os terroristas e procurou os psicólogos da Polícia autônoma da Catalunha para receber ajuda.