Polícia separa grupos pró e anti Lula em frente a prédio do ex-presidente
Policiais e guardas civis separam os grupos em São Bernardo do Campo.
Clima é tenso no local.
Por Glauco Araújo
Do G1 São Paulo
A Polícia Militar e a Guarda Civil fazem um cordão de isolamento para separar grupos de manifestantes pró e contra Luiz Inácio Lula da Silva na Avenida Prestes Maia, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde fica o prédio do ex-presidente, na noite desta quarta-feira (16). O clima é tenso no local. Lula não está em casa.
A avenida está interditada nos dois sentidos.
Os manifestantes contrários ao governo federal são maioria no local e ocupam uma das pontas da avenida. Os policiais e guardas civis se posicionaram em frente ao prédio de Lula para separar os dois grupos. Em momentos mais tensos, a PM chegou a apontar arma para manifestantes pró-Lula.
Segundo a polícia, houve um princípio de confusão que foi rapidamente contido.
O juiz Sérgio Moro retirou nesta quarta-feira (16) o sigilo de interceptações telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As conversas gravadas pela Polícia Federal incluem diálogo desta quarta com a presidente Dilma Rousseff, que o nomeou como ministro chefe da Casa Civil.
Lula esteve pela manhã em Brasília e no meio da tarde voltou para São Paulo. Ele participou de uma reunião no Instituto Lula, na Zona Sul da capital.
O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, disse na noite desta quarta-feira que a divulgação do áudio da conversa entre a presidente Dilma Rousseff com Lula é uma ‘arbitrariedade’ e estimula uma ‘convulsão social”.
Um grampo envolvendo a presidência da república é um fato muito grave. Esse ato está estimulando uma convulsão social. Isso não é papel do Poder Judiciário”, disse Zanin na porta do Instituto Lula, onde o ex-presidente, nomeado nesta quarta ministro da Casa Civil, ficou reunido até por volta de 20h15. “A arbitratriedade independe do conteúdo do grampo.”
“Não tenho avaliação do conteúdo da conversa. É um momento inoportuno, já houve a perda da competência do caso. Não havia necessidade de fazer a divulgação desse áudio. Acaba por gerar uma convulsão social”, disse Zanin.