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Polícia de Portugal prende suspeitos de sequestrar brasileira

 

Anápolis – A polícia de Portugal executou nesta semana, a detenção de três dos principais suspeitos do desaparecimento da anapolina Rayane Kelly Fernandes, de 30 anos, ocorrido na madrugada do dia primeiro de outubro, na cidade do Porto, em Portugal.

Foram detidos Renato Carvalho, proprietário da casa onde Rayanne Kelly residia; Andréia Carvalho, que se diz amiga da família; e um motorista identificado apenas como Vinagre, que teria sido a última pessoa com quem Rayane manteve contato, antes de desaparecer.

A mãe de Rayane Kelly, Shirley Maria Fernandes transmitiu ontem para a polícia portuguesa o audio de vários contatos telefônicos mantidos com Andréia Carvalho, em que ela dizia para dona Shirley que a filha dela estava amarrada, muito machucada, castigada e faminta, mas estava viva.

E de acordo com dona Shirley, essa mesma palavra foi repetida ontem por Andréia Carvalho na delegacia, em Portugal. Segundo ela, a polícia disse inicialmente para Andréia que Rayane já deveria estar morta, mas que ela respondeu prontamente, afirmando que Rayane está viva. Diante disso, a expectativa da família é que o caso seja elucidado nas próximas horas.

Dona Shirley Maria está certa de que sua filha foi sequestrada. Segundo ela, a história pode ter começado com a vinda de Juliane para o Brasil. “Como ela não tinha o dinheiro para a passagem – um valor de R$ 12 mil –  Juliane pediu emprestado para a Rayane, que ao falar comigo eu fui contra”, relatou a mãe, proibindo a filha de também tirar as passagens em seu nome.

“Mas isso deve acontecido”, supõe dona Shirley, acreditando que Juliane veio para o Brasil com o objetivo de sequestrar as crianças – filhas de Rayane – para retirar mais dinheiro dela. “Agora eu acredito que tudo vai ser esclarecido”, acrescentou dona Shirley Maria.

Em Anápolis, a família procurou ajuda na Polícia Federal, mas foi informada de que o caso não era da alçada da instituição. Então dona Shirley Maria entrou em contato com a Superintendência Estadual de Assuntos Internacionais, que comunicou o fato ao Itamaraty, que também se mostrou interessado em ajudar a família a desvendar o caso.

O último contato que Rayane Kelly manteve com a mãe foi no dia 30 de setembro às 9 horas, quando a filha pediu para a mãe ir ao banco e puxar o extrato bancário dela. “Para minha surpresa, no dia 2, a Juliane, com Rayane morava em Portugal, me ligou, dizendo que estava chegando ao Brasil e que minha filha havia desaparecido”, disse dona Shirley, que ouviu de Juliana que já tinha tentado vários contatos com Rayane, mas não tinha conseguido.

“Foi aí que comecei a ligar para ela. Eu fiz dezenas de ligações, várias tentativas pelo facebook e pelo whatsApp e não obtive qualquer resposta”, relatou dona Shirley Maria, informando que a última pessoa que esteve com sua filha foi o motorista do prédio onde ela morava, conhecido apenas como Vinagre, que a deixou em casa, já depois das 3 horas da madrugada do dia primeiro.

Raynne Kelly saiu do Brasil em 2006 para morar em Portugal, onde permaneceu por pouco tempo. Depois de passar uma temporada no Brasil, ela foi para a Irlanda, onde residiu por sete anos e só chegou à cidade do Porto há quatro meses, onde trabalhava em um café. Ela era casada com um português, de quem estava separada, mas a família não levanta qualquer suspeita contra o ex-marido, primeiro porque ele está na Irlanda “e principalmente porque se trata de uma ótima pessoa, apaixonado pela Rayane, portanto incapaz de fazer qualquer coisa contra ela”, concluiu dona Shirley.

Fonte:Jornal O Popular – Goiânia – GO.

Foto: Reprodução Tv Anhanguera