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Polícia Civil incinera 2,2 toneladas de drogas na Capital

Em uma temperatura de 1.400 graus,  a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso queimou na manhã desta terça-feira (20), 2 toneladas e 200 quilos de entorpecentes apreendidos em operações policiais no ano de 2016. A incineração é a primeira de 2017, autorizada pela Justiça, para destruição de cerca de 2 mil quilos de maconha e 200 kg, entre pasta base e cocaína, guardados sob a responsabilidade da Delegacia Especializada de Entorpecentes (DRE).

Logo nas primeiras horas, policiais civis da DRE e da Gerência de Operações Especiais (GOE) começaram a carregar os sacos plásticos contento tabletes prensados de drogas nos veículos que seguiram sob forte esquema de segurança até a caldeira de uma empresa particular, no Distrito Industrial, em Cuiabá. Um helicóptero do Centro de Operações Especiais (Ciopaer) acompanhou todo o trajeto.

O delegado titular da DRE, Vitor Chab Domingues,  disse que as drogas incineradas são provenientes de ações da Delegacia de Entorpecentes e também da Polícia Militar, na repressão ao tráfico de drogas, em Cuiabá e Várzea Grande

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“São duas  toneladas e 200 quilos incinerados. O valor no mercado, dependendo da Capital, duplica, triplica e isso estaria abastecendo muitas bocas de fumo, sendo vendido na porta de escolas. Os trabalhos das forças de segurança, da DRE, estão a todo o vapor e novas operações serão deflagradas. Nossas investigações continuam porque nosso dever é apreender as substâncias entorpecentes e levar a prisão os infratores. Após o trânsito julgado do processo solicitamos a incineração”, disse.

O entorpecente quando apreendido é periciado e antes de ser incinerado é novamente conferido por peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), conforme explicou o perito coordenador do Laboratório de Materiais, Paulo Vasconcelos Oliveira. “O perito faz a mensuração da massa, o peso, de acordo com as características fisiológicas e morfológicas. Ele aplica um teste, de acordo com a característica, se maconha, cocaína, derivados anfetamínicos ou drogas sintéticas. A partir daí tem um resultado preliminar e esse laudo vai orientar Polícia a caracterizar o material”.

Dentre o entorpecente incinerado, está uma carga de 204 tabletes de maconha apreendidos no dia 28 de novembro de 2016, em ação conjunta da DRE, do Serviço de Inteligência da Polícia Militar, Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam), com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O carregamento foi interceptado no Posto da Polícia Rodoviária Federal, na BR 364, quando chegava a Cuiabá, dentro de um veículo um Pálio. O automóvel vinha atrás de um Siena preto, usado como batedor do carro com a droga.  Três pessoas foram presas.

Presenciaram também a incineração o diretor de Atividades Especiais, Rogério Atílio Modelli, os delegados da DRE, Frederico Murta e Rodrigo Azem, peritos da Politec, representantes da Polícia Rodoviária Federal, Vigilância Sanitária, e investigadores e escrivães.

Combate ao tráfico

De janeiro a início de junho, a Delegacia de Entorpecentes (DRE) já contabiliza 1.100 quilos de entorpecentes apreendidos, sendo 900 quilos inseridos em investigações da Delegacia, que atua com três delegados de polícia.

Conforme o titular da unidade, Vitor Chab,  no enfrentamento ao tráfico de drogas, a DRE trabalha em duas vertentes, uma atacando diretamente os grandes carregamentos de drogas das quadrilhas que atuam no tráfico interestadual. A segunda é buscando aumentar a sensação de segurança nos bairros, reprimindo o tráfico doméstico de drogas, que movimenta as bocas de fumo.

“Temos dado  ênfase maior nas bocas de fumo porque são elas que alimentam vários tipos de crimes, como o roubo, o furto, o homicídio. Essa pequena boca de fumo enraizada no bairro traz sensação de insegurança  à sociedade. O trabalho da DRE é voltado para esse combate as bocas de fumo, para que trazer sensação de segurança à sociedade da Baixada Cuiabana”, afirmou.

Por PJC-MT