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PF deflagra a 27ª etapa da Operação Lava Jato na Grande São Paulo

Operação cumpre 12 mandados judiciais, sendo dois de prisão temporária.
Dono do jornal ‘Diário do Grande ABC’ e ex-secretário do PT foram presos.

Por Adriana Justi, Alana Fonseca e Camila Bomfim

Do G1 PR e da TV Globo, em Brasília,

A Polícia Federal (PF) cumpriu 12 mandados judiciais da 27ª fase da Operação Lava Jato em São Paulo desde a madrugada desta sexta-feira (1º). Foram presos temporariamente Silvio Pereira, ex-secretário geral do PT, e Ronan Maria Pinto, dono do jornal “Diário do Grande ABC” e de empresas do setor de transporte e coleta de lixo.Ronam Maria

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares é alvo de condução coercitiva – quando uma pessoa é levada a depor mesmo contra a vontade. Ele chegou à sede da PF em São Paulo por volta das 8h, escoltado por agentes federais.

Também é alvo de condução coercitiva o jornalista Breno Altman, que foi levado para a sede da PF em Brasília.

A assessoria de imprensa de Ronan disse, em nota, que o empresário sempre esteve à disposição das autoridades de forma a esclarecer com total tranquilidade e isenção as dúvidas e as investigações do âmbito da Operação Lava Jato, assim como a citação indevida de seu nome. “Inclusive ampla e abertamente oferecendo-se de forma espontânea para prestar as informações que necessitassem”, diz a nota.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas empresas DNP Eventos, Expresso Santo André e no “Diário do Grande ABC”.

Do total de mandados expedidos, dois são de prisão temporária, oito de busca e apreensão, além de dois de condução coercitiva. A ação ocorre em São Paulo, Carapicuíba, Osasco e Santo André.

Entre os crimes investigados estão extorsão, falsidade ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado.

Os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba, ainda nesta sexta-feira, de acordo com os delegados. A ação foi batizada de Carbono 14, porque a investigação remete a episódios antigos e não esclarecidos.

Investigações

4) Luiz Eduardo da Rocha Soares – executivo da Odebrecht e foi o último a ser preso.

Na segunda-feira (28), Moro decidiu enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) as investigações da 23ª e 26ª fases. Segundo Moro, planilhas apreendidas identificam pagamentos a autoridades com foro privilegiado. Entretanto, ainda de acordo com o juiz, ainda é prematura qualquer conclusão sobre a natureza ilícita, ou não, dos pagamentos que fazem parte dos documentos.