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© Reuters

Moscou é alvo de maior ataque de drones na Guerra da Ucrânia

A capital russa, Moscou, foi alvo do maior ataque de drones da Guerra da Ucrânia na madrugada de domingo (10).

No total, 34 drones foram lançados contra a cidade, superando o recorde anterior de 20 drones em setembro. O ataque levou ao fechamento temporário de três dos quatro principais aeroportos da cidade por três horas, causando o desvio de 36 voos e deixando uma pessoa ferida em um subúrbio.

Simultaneamente, a Rússia intensificou sua resposta com o lançamento de 145 drones em direção à Ucrânia, que derrubou 62 deles, segundo fontes de Kiev. O ataque representou um recorde para a guerra, superando o maior ataque conjunto anterior, que contou com 109 drones em setembro de 2023.

Apesar do aumento na frequência e intensidade dos ataques, a rotina em Moscou não foi interrompida. Moradores relataram movimento normal nas ruas e shoppings lotados, como o GUM e o Evropeiski, mesmo com a temperatura de 5°C e céu encoberto.

A Rússia, que já registrou o maior número de ataques com drones em setembro, intensificou o uso dessas aeronaves em vez de mísseis para economizar recursos e preparar uma possível ofensiva de inverno, conforme apontam analistas. Esse movimento visa desgastar as defesas aéreas e a infraestrutura ucraniana, afetando principalmente o sistema energético do país, que já perdeu dois terços de sua capacidade de geração de eletricidade.

Na Ucrânia, imagens de canais de notícias locais mostraram o impacto dos ataques russos. Em Odessa, um drone atingiu um prédio residencial, deixando duas pessoas feridas. Os bombardeios recentes colocam ainda mais pressão sobre as defesas de Volodimir Zelenski, especialmente em Donetsk, onde as tropas ucranianas enfrentam dificuldades para manter o controle.

Zelenski continua apelando por mais apoio militar do Ocidente, especialmente em defesa aérea e armamentos de longo alcance. No entanto, a hesitação dos Estados Unidos em autorizar o uso de armas contra a Rússia, temendo uma escalada no conflito, dificulta a situação ucraniana. Além disso, a recente vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA traz incertezas, uma vez que ele já sinalizou querer negociar a paz com concessões territoriais por parte de Kiev.

Outro ponto de tensão envolve Elon Musk, que, por meio da sua rede de satélites Starlink, assegura a comunicação da Ucrânia em meio aos esforços russos para interrompê-la. A eventual retirada desse apoio poderia impactar severamente a capacidade de operação das forças ucranianas.

 

 

Da Redação