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Ministro diz que mortes em RR não seriam retaliação do PCC e que situação não saiu do controle

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que as 33 mortes no Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, na zona rural de Boa Vista, não é uma retaliação do PCC às rebeliões que terminaram com 60 mortos em presídios de Manaus no início da semana. “Não é, aparentemente, uma retaliação do PCC em relação à Família do Norte”, disse, nesta sexta-feira (6), em Brasília, após detalhar o PNS (Plano Nacional de Segurança).

“Nesse presídio, houve separação de presos. Todos eram da mesma facção, todos eram ligados ao PCC”, informou o ministro. De acordo com ele, três dos mortos eram estupradores. E os outros seriam rivais internos. “Seria um acerto interno, o que não retira, em momento algum, a gravidade do fato”.

Moraes disse que conversou com a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), pela manhã e que seguirá para o Estado ainda nesta sexta para acompanhar a situação.

Após as rebeliões de Manaus e as mortes em Roraima, o ministro disse que a situação “não saiu do controle”. “Roraima já tinha tido problemas anteriormente”, em referência às 18 mortes registradas no ano passado. Por esse motivo, o Estado já vinha sendo monitorando pelas autoridades locais, com ciência do governo federal.

Superlotação

Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) de Roraima, havia 1.475 presos na unidade no momento dos crimes de hoje –a capacidade é para 750 detentos. Do total, mais da metade (898) é de presos provisórios, ou seja, à espera de julgamento. Outros 458 detentos estavam no regime fechado, e cem, no semiaberto.

Às 9h30, equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e do GIT (Grupo de Intervenção Tática) estavam dentro do presídio para “realocação dos internos e conferindo a real situação”, segundo a assessoria da Sejuc. Ainda segundo a pasta, a situação “está sob controle”.

A Secretaria Estadual de Segurança informou que representantes do governo de Roraima estão reunidos nesta manhã para definir que ações serão adotadas.

Por  Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo