Mais forte que o aço. Grafeno pode revolucionar mercado de bilhões no próximo ano

Após investir mais de 200 milhões em pesquisa científica, universidade paulista pode impactar diversos setores do mercado mundial

Um cientista da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Mauro Cesar Terence, que palestrou no 8º Seminário de Energia – Ideias Sustentáveis e Eficiência Energética, realizado de 22 a 24 de maio, no auditório da Fiemt, em Cuiabá, desenvolve uma pesquisa com o material “Grafeno” e se prepara para colocar produtos em escala industrial, comercializá-los até o próximo ano e impactar um mercado de bilhões. Inclusive, uma das aplicações, no setor de energia solar.

De acordo com o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais e Nanotecnologia da Universidade Mackenzie (SP), o professor doutor Mauro Terence, o interesse na utilização do grafeno tem crescido mundialmente nos últimos anos. Segundo ele, o grafeno, que é um material composto por átomos de carbono, é um dos mais finos e fortes já produzidos e, quando isolados e usados de forma correta, possuem incríveis possibilidade de utilização.

“O grafeno e derivados pode ser usado na construção de supercapacitores e sensores, obtenção de energia limpa e sustentável, incorporado em estruturas civis, aeronaves, tanques de guerra, automóveis, coletes a prova de bala e explosão, transporte e armazenamento de energia, aparelhos eletrônicos e até utilizado como filtro para purificar a água do mar e transformá-la em água potável. E isso tudo pode impactar o cotidiano de todos nós”, diz Mauro Terence.

Além desse assunto, o 8º Seminário de Energia ainda abordou o balanço energético do estado de Mato Grosso, os efeitos positivos e negativos de empreendimentos hidroelétricos, os custos socioambientais nas hidrelétricas, o desenvolvimento e preservação, a segurança de barragens, o desenvolvimento econômico nos municípios com hidroelétricas, a eficiência energética como indutora da competitividade na indústria, a comercialização de energia, dentre outros.

E um dos palestrantes foi o vice-governador do estado de Mato Grosso, Carlos Henrique Fávaro com o tema “desenvolvimento e preservação”. Segundo ele, “Vim falar sobre as oportunidades de sermos um gigante da produção e um gigante da sustentabilidade. De que produção e sustentabilidade não são antagonistas. Nós podemos produzir cada vez mais, quer sejam carnes, fibras, grãos e energia elétrica, e ainda sermos um gigante de sustentabilidade”, disse.

Outros participantes foram o secretário de planejamento e desenvolvimento energético do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Rodrigues, o presidente do Sindenergia (Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás no Estado de Mato Grosso), José Antônio de Mesquita, o coordenador do Niepe (UFMT), Ivo Leandro Dorileo e também Helvio Neves Guerra, Werner Grau Neto, Alexandre Uhlig, Afonso Santos, entre outros.

Texto e foto: Junior Martins / assessoria Sindenergia

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