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Mãe e filha saem de casa após vizinho se masturbar ao lado delas em elevador

Suspeito, um estudante angolano, foi autuado em flagrante, mas pagou fiança de R$ 8 mil e foi liberado no dia seguinte. Mãe e filha temem voltar para casa.

Uma artesã e a filha dela, uma adolescente de 13 anos, deixaram o apartamento onde moram, em Itapoã, Vila Velha, depois que um vizinho se masturbou ao lado delas, dentro do elevador do prédio.

O suspeito, o universitário angolano João Saldanha Duarte Fernandes, de 20 anos, chegou a ser detido e autuado em flagrante no dia do crime, sábado (2), mas pagou fiança de R$ 8 mil e foi liberado.

A vítima, que preferiu não ser identificada, contou que ela e a filha desciam de elevador para ir a casa de uma prima, na noite de sábado (2), quando foram surpreendidas pela atitude do rapaz, que já estava no elevador.

“Eu entrei no elevador, e fiquei do lado dele e minha filha na frente. Nisso, eu senti que ele estava muito em cima de mim, muito perto. Quando fui olhar pra ele, de canto de olho, para perceber o que estava acontecendo, ele colocou o pênis para fora e começou a se masturbar. Eu peguei a minha filha, virei ela para a porta e, graças a Deus, o elevador abriu e eu saí no primeiro andar que tinha”, disse.

No térreo, o porteiro avisou à artesã que, pelas câmeras, percebeu o ocorrido e que trancaria as entradas e saídas do prédio até a chegada da polícia.

João foi detido e levado para delegacia, onde foi autuado em flagrante pelo crime previsto no Artigo 218-A do Código Penal, que é “praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem”.

A fiança foi paga na manhã deste domingo (3) e João vai responder em liberdade. Agora, mãe e filha estão na casa de parentes e temem voltar para o apartamento.

“Ele mora do meu lado, é parede com parede, varanda com varanda. Não estou ficando na minha casa. Eu estou com nojo, muito nojo e muita revolta por ele ter feito isso na frente da minha filha. Isso não pode continuar acontecendo e as coisas continuarem impunes. Tem que ter uma mudança de legislação urgente, porque desse jeito não dá”, desabafou.

De acordo com o delegado Marcelo Nolasco, as imagens de videomonitoramento do elevador foram solicitadas e serão anexadas ao inquérito. A Polícia Federal será acionada, já que o rapaz é angolano e está no Brasil para estudar.

O advogado do suspeito, José Antônio Paula Gama, foi procurado por duas vezes pelo G1 na noite desta segunda-feira (4), e disse que não iria se pronunciar neste momento e pediu para ser procurado na terça-feira (5).

Ao Jornal A Gazeta, o advogado alegou que o “Estatuto da Advocacia não permite que ele comente os casos em que está atuando sem a autorização do cliente” e que ainda não conversou com o universitário para saber se ele tem interesse em falar com a imprensa.

Por Naiara Arpini, G1 ES