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Justiça dá 48 horas para Eurico comprovar legalidade de votos da urna 7, que está sub judice

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu parcialmente a tutela antecipada pedida pela oposição do Vasco sobre as denúncias de fraudes na eleição do clube. Em decisão da juíza Maria Cecília Pinto Gonçalves publicada nesta quinta-feira, a magistrada mandou intimar o Vasco para que comprove a regularidade dos sócios suspeitos pelo período de até 48 horas.

Agora, o clube deve apresentar, em até 48 horas, o caderno com o nome dos 475 eleitores presentes na votação referentes à urna impugnada, além da chave do cadeado colocado na urna impugnada e provas do pagamento da mensalidade de todos os sócios desta lista.

Além disso, também foi solicitada a prova do pagamento do valor do título dos sócios proprietários e patrimoniais listados e presentes na votação, bem como o pagamento das respectivas mensalidades deste a data de seu ingresso até a prevista no estatuto.

Outra exigência é quanto aos lançamentos contábeis nos livros caixas do clube, de forma a comprovar o pagamento das mensalidades e o valor dos títulos pelos sócios impugnados.

Por fim, exibir a ata de apuração da eleição contendo o resultado final, constando a informação de que a urna 7 encontra-se sub judice e, se for o caso, promover a errata da ata, dando divulgação a mesma, além de informar todo o cronograma para a eleição de toda a administração do clube réu.

Agora, o presidente Eurico Miranda tem 48 horas para apresentar a documentação, que já deve se encontrar separada e checada já que era exigência estatutária do próprio clube antes da eleição.

Após a eleição, a apuração das urnas apontou vitória do candidato da situação, Eurico Miranda, por 2.111 votos, contra 1.975 de Julio Brant e 421 de Fernando Horta – houve ainda três votos em branco e e outros três anulados.

Na teoria, portanto, Eurico foi reeleito para comandar a equipe da Colina por mais três anos. Só que o pleito só será decidido na Justiça, já que uma das urnas causou polêmica e pode ser impugnada.

Na urna em questão, há 475 votos que a Justiça ainda irá analisar para saber se serão válidos ou não – a Polícia Militar, aliás, já até levou o objeto para o tribunal. A decisão judicial, portanto, é que irá definir o novo presidente vascaíno.

Esses votos estão sub judice porque há suspeitas no alto número de adesão de sócios entre novembro e dezembro de 2015, último período para poder votar na eleição da última terça-feira.

Caso essa urna, na qual Eurico venceu por esmagadora maioria (428 votos contra 42 de Brant, além de quatro para Horta e ainda um anulado), tenha os votos invalidados, Brant será o vencedor da eleição, já que sem esses votos a contagem ficam em 1.935 para o candidato da oposição contra 1.683 do atual mandatário.

 

 

Por Diego Garcia e Gabriela Moreira,da ESPN