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Juíza alega ‘ataques pessoais’ e diz que vai encerrar conta no Facebook

A juíza Selma Rosane dos Santos Arruda, titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá (Vara Contra o Crime Organizado), anunciou que resolveu fechar as duas páginas que mantinha no Facebook alegando estar sofrendo “ataques pessoais” e “acusações infundadas”. A magistrada foi a responsável por determinar as prisões de políticos importantes de Mato Grosso, com o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), e o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (sem partido).

Em um post publicado na tarde dessa quinta-feira (16), a juíza disse que tem sofrido “agressões de cunho pessoal e familiar”. Selma Rosane usou o espaço na rede social para dizer que os ataques ocorrem porque ela tem tentado aplicar a justiça e as leis “contra os poderosos neste estado”.

O desabafo da magistrada teve repercussão na rede social. Até a manhã desta sexta-feira (17), o post tinha quase 500 curtidas e havia sido compartilhado 38 vezes. Nos comentários, a juíza recebeu mensagens de apoio e pedidos para que reconsiderasse a decisão de encerrar as contas no Facebook.

Leia abaixo o post na íntegra:

Juíza Selma Arruda fez desabafo no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)Juíza Selma Arruda fez desabafo no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)

A magistrada ganhou destaque no estado nos últimos anos por ter mandado para a prisão políticos do estado. O ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, por exemplo, teve três prisões determinadas por ela desde 2015. Atualmente, ele está solto.

O governador Silval Barbosa está preso desde setembro de 2015, por determinação da juíza após as investigações da operação Sodoma, que investiga desvio de dinheiro por meio de pagamento de propina para concessão de benefícios fiscais a empresas e para fraudes em licitação.

Além de Silval, a magistrada mandou prender ainda ex-secretários da gestão de Silval Barbosa no governo do estado. Nesta semana, por exemplo, a juíza Selma Arruda mandou prender o ex-secretário de Administração do estado, Francisco Faiad. A prisão dele ocorreu durante a deflagração de mais uma fase da operação Sodoma.

Fonte: G1