Já estacionou na vaga de deficiente sem ser um? Por que você deve repensar essa atitude
Sempre que chegamos aos shoppings, supermercados ou qualquer tipo de estacionamento, nos deparamos com as vagas para deficiente. É comum vê-las desocupadas ou ocupadas indevidamente. Sinceramente: você já olhou aquela vaga livre enquanto todo o estacionamento estava lotado e parou lá “por cinco minutinhos”?
Essa atitude pode parecer inofensiva, mas a verdade é que pode ser um grande problema para quem realmente precisa da vaga. Uma pessoa sem necessidades especiais pode estacionar seu carro em qualquer lugar sem ter problemas para descer ou se deslocar até a entrada do local, mas o mesmo não acontece com quem tem deficiência física.
A professora Ana Paula Pires, de 34 anos, nasceu com mielomeningocele, uma malformação congênita da coluna vertebral que faz com que ela não tenha força nos membros inferiores. Apesar disso, ela dirige o próprio carro e tem total liberdade para ir e vir. Essa liberdade, no entanto, sofre alguns contratempos.
“Muitas pessoas não respeitam as vagas de deficiente, que já não são muitas. Elas esquecem que o cadeirante não tem outra opção. Se eu vou trabalhar, por exemplo, e não tem vaga especial, tenho que ir embora. Não dá para sair, preciso de espaço para que alguém monte a cadeira e para descer do carro”, afirma.
Para assegurar esse direito, a lei determina que todos os estacionamentos públicos ou privados destinem 2% de suas vagas aos deficientes. Se esse percentual for menor, ainda é necessário ter uma vaga. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, o uso indevido da vaga é infração leve, de R$ 57,85 e três pontos na carteira, além de remoção do veículo.
O uso das vagas só é permitido com a utilização de um cartão especial, que é emitido pela prefeitura de cada cidade. O mesmo vale para vagas para idosos. Consulte o site e as regras do seu município. Respeitar as leis é exercer a cidadania e estar atenta às necessidades do próximo.
Do Bolsa de Mulher