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Hospitais filantrópicos dizem que governo de MT deve R$ 13 milhões em repasses atrasados

Falta de repasse afeta quatro unidades em Cuiabá e uma em Rondonópolis. Segundo a Fehos-MT, os hospitais devem parar caso os pagamentos não forem regularizados.

Com dificuldade para pagar funcionários e fornecedores, os hospitais filantrópicos de Mato Grosso dizem que o governo deve R$ 13 milhões em repasses atrasados para as seis unidades que recebem pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos (Fehos-MT), o atraso nos repasses afeta a Santa Casa de Misericórdia, Hospital Geral Universitário (HGU), Hospital Santa Helena, Hospital do Câncer, todos em Cuiabá, e a Santa Casa de Rondonópolis, a 218 km da capital.

O G1 procurou a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), mas não houve obteve resposta até a publicação desta reportagem.

A falta de regularidade nos repasses feito pelo governo se arrasta desde 2015, de acordo com a presidente da Fehos, a médica Elizabeth Meurer.

“As promessas são feitas, começam a ser cumpridas e param. A situação já se alonga há muito tempo. Não há regularidade nos pagamentos feitos. Para manter os hospitais funcionando, além de pagar as dívidas, é preciso compromisso com os repasses mensais”, afirmou.

De acordo com a federação, alguns serviços de especialidades como cirurgias cardíacas do Hospital Geral, em Cuiabá, não recebem repasses desde dezembro de 2016. “A situação é caótica. Infelizmente, não temos como manter os atendimentos se não houver compromisso”, disse Elizabeth.

As cinco unidades atendem 80% dos pacientes encaminhados pelos SUS e somam 3,5 mil internações por mês. Além disso, o Hospital Santa Helena e o Hospital Geral fazem cerca de 1,1 mil partos mensais. Em cada um dos hospitais cerca de 500 cirurgias são realizadas por mês.

Os atendimentos, porém, podem ficar comprometidos caso o pagamento não seja feito. A previsão é que as unidades parem de receber pacientes na próxima sexta-feira (30), segundo a Fehos-MT.

“Se houve pagamento, não há motivo para deixarmos de atender. Aliás, não queremos fazer uma paralisação. A nossa função é atender o paciente. Não queremos lucros. O que queremos é receber pelos serviços que foram prestados”, declarou a presidente.

Por G1 MT