Furacão Maria segue rota de destruição no Caribe
O furacão Maria, o segundo megastorm que atingiu o Caribe este mês, atingiu a terra em Porto Rico depois de bater as ilhas da Dominica e Guadalupe. Várias pessoas estão mortas e milhares estão sem poder.
O furacão Maria atingiu a cidade costeira de Yabucoa no sudeste de Porto Rico como uma tempestade da categoria 4 na quarta-feira, informou o National Hurricane Center (NHC) em Miami.
“Este será um fenômeno extremamente violento”, disse o governador Ricardo Rossello. “Não experimentamos um evento dessa magnitude em nossa história moderna”.
Os meteorologistas disseram que a tempestade estava empacotando ventos de 250 quilômetros por hora (155 milhas por hora) e era esperado para thrash a ilha, que é o lar de mais de 3,4 milhões de pessoas, por 12 a 24 horas. Ventos de 185 quilômetros por hora (115 milhas por hora) foram previstos na capital de Puerto Rico, San Juan, por até três horas.
As árvores foram desarraigadas e os telhados subiram quando a tempestade avançou, deixando quase 900 mil dos 3,4 milhões de habitantes da ilha sem poder. Mais de 4.400 pessoas ficaram abrigadas no final da terça-feira, disse Rosello.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu seu apoio ao território dos EUA no Twitter: “Puerto Rico está sendo atingido duramente pelo novo fator de monstros. Tenha cuidado, nossos corações estão com você – estará lá para ajudar!”
Dominica incomumicada
O olho da tempestade havia passado por St. Croix nas Ilhas Virgens durante a noite, trazendo horas de ventos de furacão. Centenas de ilhéus deixaram suas casas e fugiram para abrigos . A pequena ilha também foi atacada pelo furacão Irma há apenas duas semanas.
Maria também rugiu pela Dominica na terça-feira, causando danos generalizados e eliminando praticamente todas as torres de comunicação.
Falando em Nova York, o cônsul geral da Dominica, Barbara Dailey, disse que perdeu contato com a ilha por volta das 4 da manhã, hora do leste (0800 UTC). A última notícia que recebeu de funcionários da Dominica foi que cerca de 70% das casas perderam seus telhados, incluindo os seus.
“Perdi tudo”, disse ela à agência de notícias The Associated Press. “Como categoria 5, seria ingênuo não esperar nenhum [ferimento], mas não sei quantos”.
O serviço de internet da Dominica parecia ter ficado completamente desconectado no meio-dia na terça-feira, de acordo com a Akamai Technologies, uma empresa que rastreia o status da internet em todo o mundo.
A Faculdade de Medicina da Universidade de Ross na Dominica também relatou uma perda generalizada de comunicação e acesso à Internet, enquanto parentes de estudantes relataram que perderam todo o contato com seus entes queridos na noite de segunda-feira, quando o furacão Maria estava preso na ilha.
O primeiro-ministro Roosevelt Skerrit enviou uma série de dramáticas postagens no Facebook na segunda-feira, enquanto Maria tocava a ilha antes que o poder fosse interrompido.
“Os ventos são implacáveis! Vamos sobreviver pela graça de Deus”, escreveu Skerrit, antes de descrever como ele podia ouvir o som de telhados de aço sendo arruinado casas, incluindo o seu próprio. Em sua última mensagem, ele fez um apelo à ajuda internacional, escrevendo: “Precisaremos de ajuda, meus amigos, precisamos de ajuda de todos os tipos”.
Embora o dano tenha parecido mínimo, tanto a Martinica quanto a Guadalupe enfrentaram graves inundações na sequência do furacão Maria
Martinica e Guadalupe: 40% das casas sem energia
Ao norte da Dominica, o furacão Maria também atingiu as ilhas francesas da Martinica e Guadalupe.
O ministro francês do Interior, Gerard Collomb, disse na terça-feira que pelo menos 80 mil famílias em Guadalupe e 70 mil na Martinica foram deixadas sem poder – pouco menos de metade de todas as casas nas duas ilhas. No entanto, as duas ilhas francesas não sofreram grandes danos.
Maria reivindicou sua primeira vítima em Guadalupe, onde uma pessoa morreu e outras duas foram desaparecidas. Três pessoas ficaram feridas na Martinica, incluindo uma seriamente, segundo Collomb.
A tempestade ocorre apenas duas semanas depois que o furacão Irma bateu no Caribe e na Flórida , matando cerca de 60 pessoas e deixando centenas de milhares de pessoas sem-teto.
