Flamengo inicia 2019 com perda de patrocínio e Caixa sob risco
Clube com o uniforme ‘mais valioso’ do Brasil, o Flamengo inicia 2019 com o desafio de repor perdas de receitas com patrocínios de sua camisa.
A Carabao, que expunha sua marca nas mangas, já está de saída. Pelo acordo inicial, os tailandeses investiriam quase R$ 200 milhões no clube, mas os valores estavam atrelados à venda de bebidas.
Os resultados não foram como o esperado e a empresa teve de refazer seu contrato com o Fla, reduzindo para aproximadamente R$ 100 milhões. A diminuição deste aporte fez com que a patrocinadora não ocupasse o espaço mais nobre do ‘manto sagrado’, algo que estava previsto em contrato.
O patrocínio master é outra questão ainda indefinida para o ano. Parceira há cinco anos, a Caixa tem acordo de R$ 25 milhões por ano com o Rubro-negro. A questão é que Jair Bolsonaro, novo presidente do Brasil, já sinalizou que vai fechar a torneira com este tipo de apoio estatal.
Há ainda um novo entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), que definiu que é “irregular a prorrogação de contratos de patrocínio” de empresas estatais, uma vez que os mesmos “não se constituem em serviço de natureza contínua”. Este acórdão pode complicar a vida de clubes de dependem dos recursos do banco.
Apesar destas incertezas, há uma boa razão para comemorar. Patrocinadora do clube desde 2016, a MRV renovou até 2020 e seguirá ocupando as costas da camisa do Flamengo. Segundo o jornal ‘O Globo’, o novo acordo saltou de R$ 16 milhões para R$ 20 milhões. De acordo com o balanço rubro-negro de 2017, o Fla embolsou na casa de R$ 90 milhões com patrocínios (incluindo valores recebidos da fornecedora de material).
O clube ainda estampa as marcas da empresa de alimentos Kodilar, da plataforma digital Descomplica, da Universidade do Brasil e da empresa de telefonia Tim. A previsão da nova direção rubro-negra é que todas as propriedades disponíveis no uniforme sigam completas neste próximo ano.
Do Uol/Folhapress