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DIABÉTICOS EM PÂNICO : FALTA INSULINA NA REDE PÚBLICA

A Insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que tem como função baixar os níveis de glicose no sangue.

Da Redação

Não é novidade que há deficiências no Sistema Único de Saúde no Brasil, e em Mato Grosso não seria diferente. No que tange à distribuição de medicamentos a coisa se complica ainda mais, quando, por motivos de qualquer natureza, há situações como a que está ocorrendo atualmente, quando pacientes de uso contínuo de medicação não obtêm o fornecimento e passam a correr risco de morte ou sofrerem graves sequelas.

Diabéticos que recebem insulina através da farmácia de alto custo do Estado de Mato, reclamam que a entrega do medicamento está atrasada há 4 meses na cidade de Cuiabá. Fazer uso diário de medicação não é algo agradável. No caso dos dependentes de insulina – os diabéticos – a situação pode ser ainda pior, pois o controle é muito específico e com restrições extremas, tendo o doente que controlar pontualmente a glicemia para, literalmente, não morrer.

Em  entrevista  ao Daynews,  Andréia  Kruger,  mãe  de  uma  criança  cadastrada no programa de recebimento do medicamento, afirmou que  por  conta do atraso na entrega está – com sacrifício –   comprando a insulina  e todos os insumos para  manter  os  níveis  glicêmicos  equilibrado  para que o filho de 05 anos não suspenda o tratamento contínuo.  “Faz  6 meses que  a gente não recebe. E toda vez que ligamos, dizem que vai chegar  pra semana, que aguardem mais um dia… mais dois dias. Dizem que é  problema  com  o  fornecedor; entretanto   não  há falta  nas  farmácias comerciais”,  relata.    “A  pessoa  que  não  tem  como  comprar,  quando  falta  a  medicação, morre”. Na verdade é uma falta de respeito, um descaso  com os diabéticos.  A  gente vai na data que foi agendada, mas nunca tem o medicamento, a  informação  é  que  não  tem  previsão  de  chegada.  Mas  as  crianças  dependem disso para sobreviver”, relatou.

Andréia  Kruger,  faz  parte  da  associação  dos  diabéticos  em  Cuiabá  e relata  que  mães   de  outras crianças diagnosticadas  com  diabetes,  afirmam  que  faltam  medicamentos   há  vários meses. Esses  pacientes  relatam  que  não  conseguem ter  acesso  às insulinas  do tipo  lispro e glargina, usadas no tratamento de diabetes millitus. A  constante falta  de  medicamentos,  que  afeta  usuários  de  todo  os  estado,  preocupa  as  mães,  que temem  pela  vida  dos  filhos.  Elas  criaram  um  grupo  no  Facebook  sobre  a  doença,  para  trocar  experiências  e  se  ajudarem quando necessário.

Tipos de Insulina e seus efeitos

Diabetes  é  uma  doença  crônica.  O  corpo  não  produz  insulina  ou  não  consegue  empregar  adequadamente  a  insulina  que  produz,  perdendo assim o controle da quantidade de glicose no sangue.  Quando a pessoa  tem diabetes o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a  glicose  adequadamente.  O  nível  de  glicose  no  sangue  fica  alto,  ocorrendo  a  hiperglicemia.  Se  esse  quadro  permanecer  por  longos  períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos. Para controlar a hiperglicemia o paciente faz uso de um ou mais tipos  de  insulina,  de  acordo  com  a  necessidade,  como  a  insulina  de  ação  rápida, ultrarrápida, intermédia ou lenta.

Distribuição

A distribuição deste tipo de insulina é controlada e para ter acesso, as  famílias tem que entrar com um processo na  farmácia da Secretaria de  Saúde  do  Estado  e  comprovar  que  o uso  é necessário. A partir  daí  as  doses são entregues uma vez ao mês.

OUTRO LADO:

Em resposta ao contato feito pelo Daynews a Secretaria de Saúde do Estado emitiu a seguinte nota:

” Para efeitos de publicidade e transparência a Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Superintendência de Assistência Farmacêutica, esclarece que a insulina de ação ultra rápida Lispro (princípio ativo glulisina) está disponível em estoque para fornecimento aos pacientes. Em relação insulina Lantus, cujo principio ativo é a Glargina, a SES informa que está regularizando o estoque e que aguarda a entrega do medicamento, por parte da empresa fornecedora. A entrega está prevista para essa semana.

Ressaltamos que são contempladas pelo protocolo do componente especializado (Alto Custo) somente a insulina Lantus e as insulinas de ação ultra rápida, que podem ser a Apidra ou a Lispro.