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Fachin manda incluir citações a sete parlamentares no inquérito da Transpetro

Em delação, Sérgio Machado disse que políticos pediram doações para subsidiária da Petrobras e que parte dos recursos representou vantagens ilícitas. À época, todos os citados negaram irregularidades.

O Ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, autorizou o procurador-geral da república, Rodrigo Janot, a incluir citações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado sobre sete parlamentares em um inquérito em andamento na Corte que apura fraudes na subsidiária da Petrobras.

Sérgio Machado afirmou em depoimento no acordo de delação premiada que parlamentares e ex-parlamentares pediram doações oficiais para a Transpetro e que parte desses recursos representava vantagens ilícitas.

A decisão de Fachin sobre incluir parlamentares no inquérito envolve os senadores Garibaldi Alves (PMDB-RN), Agripino Maia (DEM-RN) e Valdir Raupp (PMDB-RO), além dos deputados Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Luiz Sérgio (PT-RJ), Walter Alves (PMDB-RN) e Felipe Maia (DEM-RN).

À época em que o conteúdo da delação premiada de Sérgio Machado tornou-se conhecido, todos os políticos citados por ele no depoimento negaram as informações dadas por ele.

Versões

Em nota (leia a íntegra mais abaixo), as assessorias de Garibaldi Alves e Walter Alves ressaltou que “não houve nenhuma troca de favor, benesse ou vantagem de qualquer natureza”. Acrescentou ainda que “o próprio delator – quando cita o senador Garibaldi Alves Filho e o deputado federal Walter Alves – ressalta que as doações feitas a eles foram oficiais”.

O G1 buscava contato com os demais parlamentares até a última atualização desta reportagem.

Ex-parlamentares

Na mesma decisão, o ministro Edson Fachin também determinou a remessa de citações de Sérgio Machado aos ex-deputados Cândido Vacarezza, Edson Santos, Henrique Eduardo Alves e Jorge Bittar, além da ex-senadora Ideli Salvatti, ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.

Caberá, a partir de agora, ao Ministério Público Federal do Paraná a decisão sobre a continuidade da apuração sobre esses ex-parlamentares.

Íntegra

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela assessorias do senador Garibaldi Filho e do deputado Walter Alves:

Com relação à decisão do ministro Edson Fachin de autorizar a Procuradoria-Geral da República a investigar fatos incluídos em delação premiada do ex-senador Sérgio Machado, esclarecemos que o próprio delator – quando cita o senador Garibaldi Alves Filho e o deputado federal Walter Alves – ressalta que as doações feitas a eles foram oficiais. Não houve nenhuma troca de favor, benesse ou vantagem de qualquer natureza.

Vale destacar que a Lei 9.504 e as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral previam esse tipo de arrecadação nas campanhas eleitorais, inclusive fixavam percentuais para as doações de pessoas físicas e jurídicas.

Assessorias do senador Garibaldi Filho e do deputado Walter Alves

Do G1.