Ensaio fotográfico encanta a web com caso raro de gêmeas com Síndrome de Down
Um caso americano chamou a atenção pela fofura, mas também pela raridade. As irmãs Blakely e Brynlee são gêmeas e as duas nasceram com Síndrome de Down, condição genética rara em gêmeos. Para registrar a ligação especial das pequenas, a fotógrafa Laura Duggleby fez foto muitos fofinhas.
A mãe das meninas, Nicole, já tem outras duas crianças e, quando descobriu que suas gêmeas tinham a síndrome, ficou desesperada. No entanto, mesmo tendo a chance de abortar, recebendo o apoio da família, ela optou por seguir com a gestação.
Logo após o nascimento das pequenas, um ensaio new-born foi feito e o resultado é encantador.
Gêmeas com Down: fotos
Caso raro
A Síndrome de Down é uma alteração na divisão celular. Por isso, quanto mais idade tem a mãe, mais chances ela tem de gerar um feto com anomalia no cromossomo 21. Mulheres de 18 anos tem uma chance em mil de ter um bebê com a alteração. Já em mulheres com mais de 40 anos a projeção aumenta para uma a cada 70.
De acordo com informações do site americano Kids Pot, a única preocupação da mãe atualmente é que as crianças sejam capazes de viver de forma independente e sejam tratadas como qualquer outra criança sem que tenham que lidar com o preconceito das pessoas.
Deu no BolsodaMulher
Escrito por Beatriz Helena
Imagens Laura Duggleby
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Síndrome de Down não é doença: cartilha esclarece sobre como lidar com a deficiência
Causada por uma alteração genética, a Síndrome de Down acontece quando, ao invés da pessoa nascer com duas cópias do cromossomo 21, ela nasce com 3 cópias, ou seja, um cromossomo número 21 a mais em todas as células. Além de apresentarem deficiência intelectual, as pessoas com síndrome de Down têm algumas características físicas semelhantes e podem apresentar problemas físicos ou de saúde. No entanto, têm características muito especiais e grande potencial para desenvolverem suas habilidades. Para isso, é importante haver estímulo, principalmente da família.
Como lidar com a Síndrome de Down
Para orientar os pais que têm filhos com Síndrome de Down, o “Movimento Down”, que busca colaborar para o desenvolvimento e a inclusão de indivíduos com essa síndrome, produziu uma cartilha que esclarece 10 pontos importantes. Veja:
1 – Não é uma doença
“É uma ocorrência genética e não uma doença. Por isso, não é correto dizer que é uma doença ou que uma pessoa que tem síndrome de Down é doente”, explica a cartilha.
2 – Nem todo mundo que tem a síndrome é igual
Olhos amendoados, baixo tônus muscular e deficiência intelectual são algumas semelhanças físicas entre os indivíduos com a síndrome de Down. Mas eles não são todos iguais. Por isso a recomendação da cartilha é que se evite mencioná-los como um grupo único e uniforme. “Todas as pessoas, inclusive as pessoas com síndrome de Down, têm características únicas, tanto genéticas, herdadas de seus familiares, quanto culturais, sociais e educacionais”.
3 – Deficiência intelectual é diferente de deficiência mental
Atenção! Deficiência intelectual não é o mesmo que deficiência mental, que é um comprometimento de ordem psicológica. Por isso, se referir à elas como “deficientes mentais” não é apropriado.
4 – As pessoas têm (e não são portadoras) Síndrome de Down
“Uma pessoa pode portar (carregar ou trazer) uma carteira, um guarda-chuva ou até um vírus, mas não pode portar uma deficiência. A deficiência é uma característica inerente à pessoa, não é algo que se pode deixar em casa”, diz a cartilha. Por isso o mais adequado é dizer que a pessoa tem deficiência.
5 – A pessoa é um indivíduo, ela não é a deficiência
É importante dizer quem é a pessoa, que vem sempre em primeiro lugar, para depois citar a deficiência. A cartilha cita exemplos: o funcionário com síndrome de Down, o aluno com autismo, a professora cega, e assim por diante.
6 – Pessoas com Síndrome de Down têm opinião
Muitas estudam, trabalham e convivem com todos. São capazes de se expressar sobre assuntos que lhes dizem respeito. A orientação é que todos procurem falar com as próprias pessoas com deficiência, não apenas com familiares, acompanhantes ou especialistas.
7 – Elas não devem ser tratadas como coitadinhas
Ter uma deficiência é viver com algumas limitações. Isso não significa que pessoas com deficiência são “coitadinhas”. Pessoas com síndrome de Down se divertem, estudam, passeiam, trabalham, namoram e se tornam adultos como todo mundo. Nascer com uma deficiência não é uma tragédia, nem uma desgraça, é apenas uma das características da pessoa.
8 – De perto, ninguém é normal
“No mundo não existem “os normais” e “os anormais”. Todos são seres humanos de igual valor, com características diversas. Se precisar, use os termos pessoa sem deficiência e pessoa com deficiência”, sugere a cartilha.
9 – Todos têm Direito Constitucional à inclusão e cidadania
Em 2008 o Brasil aprovou como norma constitucional a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que diz que cabe ao Estado e à sociedade buscar formas de garantir os direitos de todas as pessoas com deficiência em igualdade de condições com os demais. Só precisa ser mais difundida.
10 – Usar a terminologia adequada é importante
“Referir-se de forma adequada a pessoas ou grupo de pessoas é importante para enfrentar preconceitos, estereótipos e promover igualdade”.
Escrito Por Mariana Bueno
Deu no BolsadeMulher