Donos e 2 diretores da H.Stern fecham acordo de delação premiada
Os donos e dois diretores da joalheria H.Stern fecharam acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal do Rio. O acordo já foi homologado pela Justiça, como mostrou o Jornal Hoje desta quinta-feira (6).
O acordo foi fechado pelo presidente da joalheria, Roberto Stern, o vice-presidente, Ronaldo Stern, o diretor financeiro, Oscar Luiz Goldemberg, e a diretora comercial, Maria luiza Trotta. Além da delação, eles vão pagar multas que somam mais de R$ 18 milhões.
Os depoimentos vão servir como base para investigar outros grupos políticos, incluindo também empresários, que lavaram dinheiro através do mercado de joias.
O acordo foi revelado pelo jornal “Estado de São Paulo” e confirmado pela produção do Jornal Hoje.
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Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, e a mulher, Adriana Ancelmo, compraram cerca de 40 peças da H.Stern e gastaram R$ 6,3 milhões – dinheiro de propina, segundo investigadores.
Segundo o MPF, a joalheria aceitou vender as joias sem emitir nota fiscal – o que configura sonegação. Os investigadores da Força Tarefa da Lava Jato no Rio suspeitam que a compra de joias era uma das formas de o grupo ligado ao ex-governador lavar dinheiro desviado.
A joia mais cara comprada, segundo a testemunha, foi um brinco no valor de R$ 1,8 milhão. Entre outras peças estão brincos de rubinita no valor de R$ 25 mil, um anel de rubi no valor de R$ 600 mil – pago em 10 vezes em espécie – e uma outra joia no valor de R$ 1,2 milhão, que teria sido comprada antes de a diretora começar a atender o casal.
O Jornal Hoje apurou que as informações que surgirem do depoimento deles vão ser usadas para investigar outras pessoas ou grupos, incluindo políticos e empresários, que tenham usado ou ainda usem o mercado de joias para lavar dinheiro.
A equipe de reportagem procurou a H.Stern e a defesa de Adriana Ancelmo, mas as solicitações não foram respondidas. A defesa de Sérgio Cabral não foi encontrada.
Do G1.