• Home
  • Saúde
  • Cuiabá tem 60 mil pedidos de exames e consultas na fila de espera do SUS

Cuiabá tem 60 mil pedidos de exames e consultas na fila de espera do SUS

Quando somados aos pedidos do interior, demanda em espera é de 120 mil.  Segundo a Secretaria de Saúde, um dos problemas é falta de comunicação.

Pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), em Cuiabá, reclamam da espera por meses, e até anos, para a realização de exames ou agendamento de consultas. Um levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde aponta que a demanda reprimida por exames e consultas especializadas na capital é de 60 mil. Quando somados aos pedidos em espera no interior, a demanda chega a 120 mil.

Segundo a secretária de Saúde de Cuiabá, Elizeth Araújo, entre os principais problemas está o não comparecimento de usuários aos exames ou consultas agendados e a falta de comunicação entre a Central de Regulação, que agenda os procedimentos, e os pacientes.

“Diante do tempo de espera, longos meses, o endereço e o telefone que a pessoa deixou não é mais o mesmo, a equipe de regulação não consegue mais encontrá-la. O que a gente precisa, de agora para a frente, é melhorar a comunicação da central de regulação com o usuário, utilizando todos os meios de comunicação possível”, afirmou.

A assistente social Alessandra Lúcio Santiago, por exemplo, conta que chegou a esperar dois anos pela realização de um ultrassom de mama, após um exame de mamografia apresentar uma alteração. O exame necessário foi realizado no mês passado, mas o resultado ainda não foi entregue. Ela ainda aguarda há cinco meses por uma ressonância no joelho e há um ano por um dopler venoso, para verificar a situação das varizes.

“É triste para a gente saber que precisamos resolver logo, saber da real situação para poder voltar ao trabalho, fica nessa expectativa para que não seja nada grave”, disse.

Conforme a Secretaria de Saúde, dos 60 mil pedidos de exames solicitados pelo SUS em Cuiabá, apenas 31% foram realizados. Exames simples, como raio-x e ultrassonografias, por exemplo, chegam a ter 90% de pendência.

Fonte: G1