Cuiabá tem 56% da população com excesso de peso e ocupa a 6ª posição no ranking
Pesquisa Vigitel foi realizada em 2016 em todo o país. Levantamento aponta que 21,9% dos cuiabanos sofrem com obesidade e 24,9% têm hipertensão.
Um levantamento divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Ministério da Saúde apontou que 56,4% da população em Cuiabá está com excesso de peso, o que coloca a capital na 2ª posição no ranking do Centro-Oeste – ficando atrás apenas de Campo Grande (58%) – e em 6º lugar no ranking nacional.
A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) entrevistou, de fevereiro a dezembro de 2016, 53.210 pessoas maiores de 18 anos nas capitais do país. Na capital mato-grossense, conforme o Ministério da Saúde, 21,9% da população sofre com obesidade.
A pesquisa levou em conta os hábitos da população entrevistada, que apontaram o aumento no consumo de consumo de frutas e hortaliças e a queda na ingestão de refrigerantes e sucos artificiais. Enquanto o consumo regular de feijão diminuiu de 67,5% em 2012 para 61,3% em 2016, um em cada três adultos afirmaram que consomem frutas e hortaliças ao menos cinco dias da semana.
O levantamento da Vigitel também apontou aumento da prática de atividade física durante o tempo livre. Em 2009, 30,3% da população fazia exercícios por pelo menos 150 minutos por semana, já em 2016 a prevalência foi de 37,6% – sendo que a maioria que se enquadra nesse quesito tem entre 18 a 24 anos.
Segundo a pesquisa, o crescimento da obesidade no país é um dos fatores que pode ter colaborado para o aumento da prevalência de diabetes e hipertensão, doenças crônicas não transmissíveis que piora a condição de vida do brasileiro e podem até matar.
O levantamento mostra que, em Cuiabá, 7,9% da população foi diagnosticada com diabetes, enquanto 24,9% das pessoas receberam o diagnóstico de hipertensão. Nos dois casos, o diagnóstico é mais prevalente em mulheres.
Obesidade no país
De acordo com a pesquisa do Ministério da Saúde, a obesidade aumenta com o avanço da idade, sendo que, entre os mais jovens, de 25 a 44 anos, atinge um indicador já considerado alto: 17%. O excesso de peso também cresceu entre a população nos últimos dez anos. Passou de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016 e é presente em mais da metade dos adultos que residem em capitais do país.
Fonte: G1