Cuiabá tem 21 obras da saúde paradas

Um total de 21 obras de construção, reforma e ampliação na área da saúde, em Cuiabá, estão paradas. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que o problema é uma “herança” da gestão anterior e que há previsão de retomada dos projetos em breve. A pasta estima que essas e outras 42 obras sejam concluídas nos próximos nove meses.

Entre as obras paradas está a de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no Bairro Ribeirão da Ponte. O projeto parou em 2011. Por causa dessas obras inacabadas, a prefeitura foi acionada pelo Ministério da Saúde no início deste ano, sob pena de perder recursos federais, pois se quer havia feito projetos das obras.

Desse modo, os projetos foram refeitos e apresentados ao Ministério da Saúde, o que garantiu os recursos ao município.

“Esse recurso veio nos anos de 2013 e 2014. Temos R$ 3,5 milhões em caixa para concluir essas obras de ampliação. Além disso, devemos receber mais R$ 8,5 milhões após o início do serviço”, afirmou a secretária de Saúde do município, Elizeth Lúcia de Araújo. Em janeiro deste ano,

A secretaria informou que 23 obras da saúde ainda devem começar; 13 estão com as licitações em andamento e seis estão sendo executadas.

Dos 63 projetos, que, de acordo com a Saúde, devem ser entregues ainda neste ano, 16 são referentes à construção de UBSs, dois de unidades de acolhimento para internação temporária e um de um Centro de Atendimento Psicossocial (Caps), além da reformas de unidades de saúde.

No mês passado, a prefeitura divulgou um relatório informando que 260 obras do município encontravam-se paradas.

“No chão do PS”
Em decisão divulgada no dia 13 deste mês, a juíza Célia Regina Vidotti, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, determinou a transferência dos pacientes do Pronto Socorro da capital que estavam no chão ou em macas nos corredores da unidade.

A secretária de Saúde explicou que com a crise econômica o aumento de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) foi de mais de 30%. De acordo com Elizeth, medidas serão tomadas para realizar a transferência dessas pessoas.

“Aumentamos a contratualização com os hospitais filantrópicos, estamos contratando outros leitos hospitalares para que possamos remanejar esses usuários para os serviços, além de otimizar o atendimento”, explicou.

O decisão leva em conta um pedido do Ministério Público que determina que a unidade passe por reforma. A exigência do órgão se baseia em um relatório do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), que apresenta 215 irregularidades no local.

Entre elas, estão a higiene precária, ausência de medicamento, teto com buraco, mobiliário danificado e infiltração.

Fonte: G1