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Cora Coralina, a poeta do cerrado, é homenageada pelo Google

Doodle deste domingo celebra o 128º aniversário de uma das mais importantes escritoras brasileiras

Cora Coralina

Google celebra neste domingo, com um doodle, o 128º aniversário da poeta brasileira Cora Coralina (1889 – 1985), uma das mais importantes escritoras brasileiras. Contista do cerrado, Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que utilizava o pseudônimo Cora Coralina, nasceu em Cidade de Goiás e começou a escrever e publicar em jornais locais seus primeiros textos aos 14 anos. Apesar disso, seu primeiro livro foi publicado somente em 1965, aos 76 anos: Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais.

Depois disso, Cora Coralina ainda publicou mais três livros: Meu livro de cordel (1976) e Vintém de cobre – Meias confissões de Aninha (1983), ambos de poesia, e um de contos: Estórias da Casa velha da ponte (1985). Após a sua morte, outros cinco livros foram publicados, dois deles para o público infantil.

Muitos de seus contos e poemas são hoje levados para o palco em teatros por todo o país. Em 2013, a cidade de Goiânia inaugurou a Vila Cultural Cora Coralina, um espaço cultural administrado pelo Governo do Estado de Goiás.

Um de seus poemas mas conhecidos chama-se Assim eu vejo a vida.

Assim eu vejo a vida

A vida tem duas faces:

Positiva e negativa

O passado foi duro

mas deixou o seu legado

Saber viver é a grande sabedoria

Que eu possa dignificar

Minha condição de mulher,

Aceitar suas limitações

E me fazer pedra de segurança

dos valores que vão desmoronando.

Nasci em tempos rudes

Aceitei contradições

lutas e pedras

como lições de vida

e delas me sirvo

Aprendi a viver


 

Do EL PAÍS