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Com vaia e protesto, Gilmar Mendes defende semipresidencialismo como sistema de governo

‘Temos que fazer reformas mais profundas’, disse ministro do STF durante evento em São Paulo.

O presidente do TSE e ministro Gilmar Mendes - 03/04/2017 (J. F. DIORIO/Estadão Conteúdo)
O presidente do TSE e ministro Gilmar Mendes – 03/04/2017 (J. F. DIORIO/Estadão Conteúdo)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, defendeu o semipresidencialismo como sistema de governo nesta segunda-feira (21). Ao final de sua fala em um evento sobre reforma política promovido pelo “Estado de S.Paulo”, o ministro recebeu vaias e pessoas mostraram cartazes com as frases “Fora Gilmar” e “Vergonha”. Alguns manifestantes, que faziam parte da plateia, também usavam nariz de palhaço.

“Absolutamente normal, faz parte da democracia”, disse o ministro sobre os protestos. Antes da palestra, um manifestante foi expulso do evento porque planejava atirar tomates no ministro.

Sobre a mudança no sistema de governo, Gilmar disse que “temos que fazer reformas mais profundas”. Ele fez um retrospecto e afirmou que, dos quatro presidentes eleitos na Nova República, apenas dois terminaram o mandato, “o que sugere instabilidade no sistema”.

O ministro sugeriu “adaptar e adotar um semipresidencialismo”. “A mim me parece que seria um bom passo para o Brasil para nos blindar de um sistema de crises que se repetem”.

O modelo semipresidencialista é um sistema de governo híbrido que une o parlamentarismo à preservação de alguns poderes do presidente eleito pelo voto direto.

“Deixaria essa proposta para análise, que nós pensássemos, senão em 2018, para 2022, em um regime que efetivasse o que ocorre na prática e sistematizasse uma blindagem, separasse as crises de governo das crises de estado”, analisa.

Do G1.