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Carros elétricos estão isentos do rodízio em São Paulo e terão desconto no IPVA

Os veículos elétricos e híbridos continuam muito caros no Brasil, mas os paulistanos que optarem por esses carros terão pequenos incentivos. O prefeito Fernando Haddad assinou nesta segunda-feira (14) um decreto que libera os automóveis do rodízio municipal, para que eles possam circular na cidade em qualquer dia da semana.

A medida vale para os automóveis, caminhões e motocicletas elétricos e híbridos. Segundo a prefeitura, ao diminuir o custo de aquisição, mais cidadãos optarão por esse tipo de veículo, o que também pode estimular a produção pela indústria nacional e favorecer esses carros menos poluentes, caso o Estado e a União sigam o mesmo caminho.

Quanto ao rodízio, o prefeito confirma que a eficácia da restrição é pequena, de menos de 10%, já que muitas famílias decidiram comprar um segundo ou terceiro carro para continuarem circulando. No rodízio municipal, iniciado em 1997, os veículos são proibidos de andarem em ruas do mini-anel viário em determinados dias da semana, dependendo do final do número da placa.

Um dos poucos modelos de carros híbridos vendidos no Brasil é o Toyota Prius, um dos mais populares no mundo. Por aqui, ele custa a partir de R$ 115.500, mais que os US$ 24.200 cobrados nos Estados Unidos. Talvez você já tenha visto alguns Nissan Leaf (foto acima), totalmente elétricos, circulando nas ruas como táxis. Eles não são vendidos diretamente ao consumidor final, mas custariam mais de R$ 200 mil, porque não há nenhum tipo de incentivo fiscal.

Com preços tão altos, é claro que a frota de carros elétricos e híbridos é minúscula: são 2.214 veículos licenciados em todo o estado de São Paulo, sendo apenas 723 particulares. Perto dos oito milhões (!) que rodam a gasolina ou diesel, isso é praticamente nada. Um desconto de 50% no IPVA não é um enorme incentivo, mas já é um bom começo.