Botelho quer promover encontro entre Governador e Presidente do Tribunal de Contas
Botelho pretende minimizar rusgas entre os poderes
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (PSB), afirmou tentar marcar uma reunião entre o governador Pedro Taques (PSDB) e o conselheiro Antonio Joaquim presidente do Tribunal de Contas (TCE). Por conta de uma ação do TCE na Justiça para obrigar o Estado a liberar dados sigilosos sobre exportações, eles trocaram indiretas durante a semana na imprensa. Antonio Joaquim, em resposta à insinuacão de Taques de que o TCE seria um ” puleiro” afirmou estar cumprindo suas obrigações e que o Governador Taques “não é dono do Estado”.
Botelho conversou com o Joaquim, e o mesmo diz estar aberto a conversar. Aguardo a resposta do governador, que esta em viagem com a caravana da transformacão . Cabe a ele a decisão para que se estabeleca um diálogo. O Estado passa por um momento de “dificuldade econômica”, e por isso não pode enfrentar uma rixa entre chefes de poderes e instituições, disse Botelho.Vejo como discussões de trabalho. É normal. Pontos divergentes podem gerar discussão. Aqui dentro da Assembleia, eu mesmo discuto com alguns funcionários, mas são discussões de trabalho, que não podem ser levadas para o lado pessoal. Então, não acho que tenha alguém com razão. Acho que precisa sentar, conversar e apaziguar os ânimos para tocar para frente”, disse.
O que precisa é sentar e conversar. Mas acho que uma discussão dessas não deveria ter vindo a público”, completou.
Retrospecto
O Tribunal de Contas protocolou ação na Justiça para garantir a realização de auditoria no controle de exportação de competência da Secretaria de Estado de Fazenda.
A via judicial foi decidida diante da negativa da Sefaz de fornecer informações requisitadas por equipe de auditores públicos externos designada para essa atividade, sob a alegação de preservação de sigilo fiscal das empresas exportadoras.
O TCE argumentou na petição judicial que tais informações são imprescindíveis para a realização de fiscalização de interesse público e própria de sua natureza de controle externo.
Em resposta, Pedro Taques acusou o presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) de estar usando o órgão como “palanque eleitoral” com vistas às próximas eleições.
Taques classificou atos de Antônio Joaquim como “politiqueiros” e “midiáticos”. As críticas foram feitas por meio do WhatsApp.
O governador ainda insinuou que o conselheiro quer ter acesso a dados sigilosos para “prospectar” possíveis doadores de campanha para uma eventual disputa eleitoral em 2018.
Antonio Joaquim então rebateu criticas que foram feitas por Taques, classificou como “desproporcional” a reação do Governador.
“Órgão não está a “caça” de empresas, mas de impostos que elas deixam de arrecadar”, disse.
Por Fernanda Moraes – Da redação