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© Tony Winston/Agência Brasília

Aumento de casos de SRAG em crianças coincide com retorno às aulas, alerta Fiocruz

Cenário se destaca em Goiás e no Distrito Federal.

O Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta uma tendência de crescimento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre crianças e adolescentes, especialmente na faixa etária de 5 a 14 anos, com a retomada das atividades escolares. Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, que integra a equipe do boletim, esse aumento tem sido mais evidente no estado de Goiás e no Distrito Federal.

O ambiente escolar, caracterizado por maior aglomeração e menor circulação de ar, favorece a disseminação de vírus respiratórios. Diante desse cenário, Portella orienta que crianças e adolescentes com sintomas de síndrome gripal evitem frequentar a escola para reduzir a transmissão.

“A orientação é ficar em casa, em isolamento, recuperando-se da infecção, para evitar transmitir o vírus para outras crianças dentro da escola e, assim, quebrar a cadeia de transmissão desses vírus respiratórios. Se não for possível manter a criança dentro de casa em isolamento, a recomendação é que, caso ela já tenha idade adequada, vá para a escola usando uma boa máscara, especialmente dentro da sala de aula”, afirmou a pesquisadora.

Outro ponto de preocupação é a covid-19, que, embora impacte mais gravemente a população idosa, também pode afetar crianças pequenas e outros grupos vulneráveis. “A gente pede que essas pessoas estejam em dia com a vacinação contra o vírus para evitar desenvolver as formas mais graves da doença. Além disso, é importante que essa população, principalmente as pessoas que residem em estados com aumento de casos de SRAG por covid-19, use máscaras em locais fechados e também dentro dos postos de saúde”, acrescentou Portella.

Em termos nacionais, os dados indicam que os casos de SRAG seguem estáveis ou em queda na maior parte das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. No entanto, observa-se um aumento na incidência da doença relacionada à covid-19 em estados do Norte, como Amapá, Rondônia e Tocantins, bem como no Centro-Oeste, especialmente em Mato Grosso.

“Contudo, em alguns outros estados da região Norte, como Amazonas, Pará e Maranhão, a gente já tem observado o início de reversão desse crescimento e até mesmo queda do número de novos casos graves por covid-19”, informou a pesquisadora.

*Com informações da Agência Brasil.