Assaltantes trancam passageiros de roupa íntima em bagageiro de ônibus
Situação ocorreu na madrugada desta quarta (22), em Palmeira, no Paraná. Grupo faria compras no Paraguai; ladrões levaram R$ 100 mil em dinheiro
Ladrões trancaram 42 passageiros e dois motoristas no porta-malas de um ônibus durante um assalto em Palmeira, na região dos Campos Gerais do Paraná, na madrugada desta quarta-feira (22). Eles foram obrigados a ficar de roupas íntimas no bagageiro.
O ônibus saiu de Curitiba com destino a Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, na noite de terça-feira (21). O grupo faria compras no Paraguai.
Entretanto, quando o ônibus passava pela BR-277 em Palmeira, por volta da 1h, um homem saiu pelo teto solar de um carro e começou a atirar. O passageiro Clayton Covalski estava sentado em um banco da frente e viu tudo.
“O ônibus estava andando. Então, eles pararam o carro e pediram para o motorista parar. Eles ameaçavam com armas. Quando mandei o motorista seguir em frente, atiraram. Depois, me renderam e colocaram o revólver na minha testa. Também me perguntaram se eu era policial e disseram que, caso fosse, estava morto”, relata.
Os passageiros relatam que, ao todo, quatro homens armados participaram do crime. Eles roubaram cerca de R$ 100 mil em dinheiro, além de alianças, relógios e celulares.
Depois de roubar os pertences, os passageiros contam ainda que os bandidos fizeram com que um dos motoristas dirigisse até a área rural de Palmeira. Quando o ônibus chegou a uma lavoura, os criminosos exigiram que todos ficassem apenas com as roupas íntimas. Em seguida, os passageiros e motoristas foram trancados no bagageiro.
“Todo mundo estava pelado, só de calcinha e sutiã, e os homens de cueca. Começamos a pedir mantas, porque estava frio. Eles jogaram algumas e mandaram ficar ali 40 minutos. Só que eles não trancaram direito a porta, deixaram uma fresta e a gente conseguiu sair”, conta Roseli Shipiura.
Entretanto, como o ônibus ficou atolado na laviyra, os sacoleiros tiveram que esperar quase 10 horas para que um ônibus escolar pudesse resgatá-los. O veículo levou todos a um posto de combustíveis para que pudessem se aquecer.
“Fiquei constrangida, né? Você vem para fazer umas compras para levar e distribuir para as lojas, porque a gente vive das lojas, e vêm uns marginais”, diz a passageira Neuza Longato.
Até a publicação desta reportagem, ninguém havia sido preso. Não houve feridos.
Do G1 PR, com informações da RPC Ponta Grossa