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Esse é o primeiro foco do vírus detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil - (crédito: Freepik - wirestock)

Argentina suspende importações de aves do Brasil após confirmação de gripe aviária no RS

País vizinho se une a China e União Europeia na adoção de medidas sanitárias contra produtos avícolas brasileiros

A Argentina anunciou nesta sexta-feira (16) a suspensão temporária das importações de produtos e subprodutos avícolas provenientes do Brasil. A medida foi tomada após a confirmação de um foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no município de Montenegro, no interior do Rio Grande do Sul.

O comunicado foi divulgado pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), que classificou a decisão como preventiva. “O Senasa determinou, como medida preventiva, a suspensão das importações de produtos e subprodutos de aves do Brasil certificados como livres de IAAP. Em relação à genética avícola, continuará sendo permitida a entrada de aves de um dia e ovos férteis, desde que sejam provenientes de compartimentos oficialmente reconhecidos pelo Senasa como livres desta doença”, informou a agência sanitária.

Principal fornecedor de carne de frango para o mercado argentino, o Brasil também teve exportações suspensas por China e União Europeia após a notificação do primeiro caso da doença em um sistema comercial de produção avícola no país. Até então, o Brasil havia registrado apenas ocorrências da gripe aviária em aves silvestres.

O Ministério da Agricultura e Pecuária reforçou que a gripe aviária não representa risco à segurança alimentar. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”, afirmou o ministro Carlos Fávaro.

A pasta também destacou que a comercialização de carne de frango e ovos segue liberada no mercado interno, uma vez que o vírus não é transmitido por meio do consumo desses alimentos, conforme orientação da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).