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Advogado protocola pedido de impeachment contra governador Pedro Taques

Foi protocolado nesta sexta-feira(26), na Assembleia Legislativa, o pedido de impeachment do governador Pedro Taques (PSDB). O advogado Edno Damascena de Farias, filiado ao PDT, foi o autor do pedido.

Segundo o advogado, o pedido de impeachment de Taques será fundamentado na Lei 8.429 de 1992, que trata da improbidade administrativa. Contudo, não deve prosperar. Segundo o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB), os fatos conhecidos até o momento são insuficientes para o afastamento do governador.

A petição é baseada nos escândalo dos grampos clandestinos no âmbito da Polícia Militar, que já teve resultado com a saída do ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, e a prisão do coronel da PM Zaqueu Barbosa e do cabo da PM Gerson Luiz Ferreira Júnior.

Entre as testemunhas arroladas por ele estão a deputada Janaina Riva (PMDB), o jornalista José Marcondes, o Muvuca, o advogado José Patrocínio, o promotor de Justiça (que denunciou os grampos ), Mauro Zaque e o presidente do PDT deputado Zeca Viana, que nem está grampeado, mas é o principal adversário de Taques na Assembleia.

Edno de Farias é advogado criminalista em Rondonópolis e em 2016 se candidatou à prefeitura de Pedra Preta, cidade vizinha, tendo apenas 5,78% dos votos. O advogado é filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT)

“Eu sempre me posicionei em relação a esse governador faz tempo. Inclusive, cheguei a fazer júri de um cara que é acusado de matar uma juíza, então, eu nunca tive medo de enfrentar as adversidades –  não tem nada a ver”, disse o advogado.

Edno elogiou a conduta do juiz auditor militar, Marcos Faleiros da Silva, que decretou  a prisão preventiva do coronel Zaqueu Barbosa e do cabo Gerson Luiz Ferreira Correa, e criticou em entrevista uma suposta passividade da seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) com relação ao caso.

No caso conhecido como “barriga de aluguel” são investigados grampos feitos no contexto de uma investigação de tráfico de drogas em Cáceres. Números incluídos nos pedidos feitos pela PM não teriam ligação com a investigação e pertenciam na verdade a jornalistas, advogados, políticos, desembargadores, entre outros profissionais, com interesses contrários aos da cúpula do governo do Estado. O promotor Mauro Zaque aponta que Pedro Taques sabia do esquema – o governador nega e já afirmou que o documento da denúncia nunca chegou a seu conhecimento.

Por Fernanda Moraes – da redação