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A atenção à saúde dos pulmões é primordial com a chegada do outono

Médica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta para o aumento de doenças respiratórias e reforça a importância da vacinação preventiva.

Com a chegada do outono no Brasil, que em 2025 se inicia em 20 de março, observa-se uma significativa oscilação de temperaturas e a redução da umidade do ar. Essas condições favorecem a propagação de doenças respiratórias, como gripes, resfriados, crises de asma e rinite alérgica, além do agravamento de doenças pulmonares crônicas. Crianças, idosos e pessoas com comorbidades estão entre os grupos mais vulneráveis. Diante desse cenário, especialistas enfatizam a necessidade de reforçar os cuidados com a saúde respiratória e destacam a vacinação como uma das principais estratégias de prevenção.

A exposição a agentes infecciosos e ao ar seco, combinado com a maior concentração de poluentes, contribui para o aumento de casos de infecções respiratórias. “A redução da umidade do ar e a exposição a agentes infecciosos elevam significativamente os riscos de infecções respiratórias. Além disso, com a queda das temperaturas, há mais tendência de permanecermos em ambientes fechados e pouco ventilados, facilitando a disseminação de vírus como o da gripe e o da Covid-19”, explica a Dra. Sandra Guimarães, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A imunização contra doenças respiratórias é uma das principais formas de prevenção, especialmente para os grupos de risco. O Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, reforça a importância de manter o calendário vacinal atualizado, com ênfase nas vacinas contra a gripe, pneumonia e Covid-19. “A vacina contra a gripe reduz significativamente o risco de complicações graves e hospitalizações. Já a vacina pneumocócica previne casos mais severos de pneumonia, que podem ser fatais em pacientes vulneráveis”, destaca a pneumologista.

A gripe, causada pelo vírus Influenza, apresenta subtipos como H1N1 e H3N2, que costumam circular com maior intensidade durante o outono. Os sintomas variam de quadros leves a graves, podendo demandar internação e, em casos extremos, levar ao óbito. “A vacinação contra Influenza é fundamental para reduzir o impacto da gripe, especialmente em crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças preexistentes”, complementa a Dra. Sandra.

Diante da continuidade da circulação do Coronavírus, a especialista também reforça a necessidade de que a população elegível receba as doses de reforço contra a Covid-19. “O Coronavírus ainda representa riscos, principalmente para indivíduos com histórico de doenças respiratórias. Por isso, a vacinação contínua segue essencial”, pontua a médica.

As campanhas de imunização contra a gripe e outras doenças respiratórias são promovidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com distribuição gratuita das vacinas. A recomendação é que a população procure os postos de saúde antes do pico da sazonalidade, que ocorre entre junho e setembro. O Calendário Nacional de Vacinação de 2025, divulgado pelo Ministério da Saúde, já está disponível e traz atualizações importantes sobre a imunização contra Influenza e o reforço da vacina contra a Covid-19. A vacina contra a gripe passou a fazer parte do calendário de rotina para crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes e idosos com mais de 60 anos, estando disponível nas unidades de saúde a partir da segunda quinzena de março.

“Quanto antes a imunização for realizada, maior será a proteção individual e coletiva. Não devemos esperar os sintomas aparecerem para tomar a vacina, pois a imunização é uma ferramenta preventiva, não curativa”, reforça a Dra. Sandra.

Além da vacinação, algumas medidas simples no dia a dia podem reduzir significativamente o risco de doenças respiratórias durante o outono. Entre elas, estão:

  • Manter os ambientes bem ventilados e evitar locais fechados com aglomerações;
  • Higienizar as mãos com frequência para prevenir a transmissão de vírus e bactérias;
  • Hidratar-se adequadamente para manter as vias respiratórias protegidas;
  • Utilizar umidificadores de ar ou recipientes com água para amenizar os efeitos do clima seco;
  • Proteger-se contra mudanças bruscas de temperatura com roupas adequadas;
  • Utilizar máscaras faciais ao apresentar sintomas gripais;
  • Procurar atendimento médico ao primeiro sinal de piora dos sintomas respiratórios.